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Marcos diz estar feliz em defender o clube do coração e sonha em dar um novo capítulo de alegria para a torcida antes de se aposentar. | Hugo Harada/Gazeta do Povo
Marcos diz estar feliz em defender o clube do coração e sonha em dar um novo capítulo de alegria para a torcida antes de se aposentar.| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

Após conquistar sete dos últimos nove pontos, o Paraná terá um cenário perfeito para completar os 300 jogos do goleiro Marcos neste sábado (1.º), contra o CRB, em casa, às 16h30. Diversas homenagens – mantidas em segredo pelo marketing do clube – estão previstas. O camisa 1 já avisou que não abre mão da vitória e admitiu que não tem melhor presente do que completar essa marca com a Vila Capanema lotada.

Prestes a chegar a 300 jogos pelo Paraná, o que te passa pela cabeça?

Passa um filme de uma vida. Lembro desde o começo, a minha chegada aqui, no Pinheiros, com 12 anos. Depois iniciou o Paraná Clube. No primeiro jogo contra o Coritiba, no Couto Pereira, eu estava lá assistindo. A história do Paraná foi escrita junto com a minha. Eu também fui crescendo dentro do clube e agora tenho esse privilégio, essa honra, de completar 300 jogos com essa camisa. Isso realmente me deixa muito realizado.

Mais do que um jogador, hoje ele é um personagem da história do clube. Ele tem uma interferência e uma influência que extrapolam o campo e chegam ao torcedor.

Fernando Diniz, técnico do Paraná

Como você lembra do seu início como titular pelo Tricolor, em 1997?

Não é fácil para um jogador da categoria de base, principalmente sendo goleiro, conquistar o seu espaço. Ainda mais porque o Paraná sempre teve grandes goleiros na história, como Luiz Henrique e Régis. Substituí-lo foi bem complicado. Foi uma conquista grande subir para o profissional, mesmo com tantas dificuldades, me firmar e ter o respeito dos torcedores.

E o que marcou na sua passagem por Portugal?

Eu fico muito feliz que as coisas ocorreram muito bem lá também. Tenho o meu nome em Portugal, nos clubes em que joguei, onde tive momentos maravilhosos. Lembro que, na primeira vez que eu fui enfrentar o meu ex-clube, o Marítimo da Ilha da Madeira, quando eu fui entrar em campo o estádio todo aplaudiu. É o reconhecimento do meu trabalho.

Atleta de dedicação e respeito muito grandes pelo clube, um exemplo muito positivo para os mais jovens. É uma referência no Paraná como homem e jogador.

Lúcio Flávio, ex-jogador do Paraná, atualmente no Coritiba

De lá você voltou ao Paraná. Como foi esse retorno?

Eu tinha um sonho de encerrar a minha carreira aqui. Não simplesmente pelo fato de encerrar, sem muita determinação. Eu vim com uma vontade muito grande de vencer e é isso que me motiva a trabalhar todos os dias. Mas é uma carreira que não está no fim ainda.

Quero escrever uma nova história, colocar mais uma foto na parede do Paraná Clube e ajudar o nosso torcedor a ficar mais feliz. A torcida está sofrida pelos longos anos que a gente vem passando pelas dificuldades. Espero que eu consiga dar uma alegria para eles junto com os meus companheiros.

O presidente Casinha já afirmou para a Rádio Banda B que quer você trabalhando no clube depois de se aposentar. Esse é o seu plano?

Isto está gravado? Depois eu vou cobrar. Hoje o meu foco principal realmente é ajudar dentro de campo. Depois seria um privilégio e uma satisfação muito grande passar toda a experiência que eu construí nesses anos de carreira. Mas não fiquei pensando muito no que eu vou fazer depois. Eu sei que vou trabalhar dentro do futebol. Claro que ficaria muito feliz em trabalhar aqui.

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Como foi se reinventar como goleiro após a chegada do Fernando Diniz?

Tive de me reinventar mesmo. Eu já jogava com os pés lá fora, mas não dessa forma, onde você utiliza muito o goleiro. Muitas vezes até com passe pelo meio, que é uma coisa dentro do futebol que você aprende que é errado. Mas eu gosto de desafios e isso me incentiva. Com a chegada do Felipe [Alves], que já está com o Diniz há cinco anos, ele tem ajudado muito a mim e aos outros goleiros.

Como é ser um dos líderes desse grupo?

É algo natural porque já tenho uma certa experiência e sempre procuro ajudar os mais novos naqueles momentos mais complicados. Tive erros no passado e hoje tenho a oportunidade de ajudá-los a não cometer esses mesmos erros. Sempre incentivando. Procuro ajudar esses meninos para que eles possam conseguir êxito dentro da carreira e realizem os sonhos como eu também pude realizar.

O Lúcio Flávio disse que espera que você bata o recorde do Ageu, de 346 partidas pelo Paraná. Hoje você é quinto que mais jogou na história, atrás desses dois, do Régis e do Hélcio. É uma meta sua ser o primeiro?

Eu tenho contrato até 2016 com o Paraná. Se conseguir passar essa marca, realmente vou ficar muito feliz, realizado. Mas não fico pensando nisso.

Vai estar um sábado de sol e o nosso torcedor vai comparecer, tenho certeza. Não tem presente melhor do que completar 300 jogos com a Vila cheia.

Marcos, goleiro do Paraná

Como você imagina que será esse sábado?

O foco está em vencer, mas já começo a imaginar como é que vai ser. É um momento gostoso que estamos passando depois de algumas situações um pouco complicadas. Vai estar um sábado de sol e o nosso torcedor vai comparecer, tenho certeza. Não tem presente melhor do que completar 300 jogos com a Vila cheia.

O que você espera para esse dia festivo?

Eu fico muito feliz de poder receber algumas homenagens que vão ser feitas, mas já cobrei deles [os jogadores] aqui. A melhor homenagem é vencer esse jogo. Por isso trabalhamos forte nesta semana.

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