| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

Polêmico e turbulento fora de campo, decepcionante dentro dele. Assim foi o ano de 2015 para o Paraná.

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Com a bola rolando, o Tricolor foi eliminado nas quartas de final do Paranaense; caiu ainda na primeira fase da Copa do Brasil; e se contentou em escapar do rebaixamento em seu oitavo ano seguido na Série B. Ao todo, utilizou 60 jogadores, sendo 42 deles somente na Segundona. No banco de reservas, passaram Luciano Gusso, Nedo Xavier, Fernando Diniz e o interino Fernando Miguel.

Já na arena política, em março, após intensa pressão nos bastidores o então presidente Rubens Bohlen pediu renúncia. Em seguida, o grupo Paranistas do Bem assumiu amparado pelo aporte financeiro do investidor Carlos Werner e apostando em Durval Lara Ribeiro, o Vavá, para comandar o futebol. A promessa foi de salários em dia e acesso para a Série A com três rodadas de antecedência. Confira a retrospectiva paranista em 2015.

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31/01 – Estreia com atropelos

 

Na estreia do Estadual sob o comando de Luciano Gusso, o Paraná venceu o Prudentópolis por 3 a 1, na Vila Capanema. Oito dos nove reforços contratados para a temporada, entretanto, não puderam estrear, pois o Paraná perdeu o prazo para inscrevê-los.

08/02 – “Vai acabar”

 

Após derrota para o rival Atlético, o gerente de futebol Marcus Vinícius chora e desabafa: “se não se unirem, o Paraná vai acabar esse ano”. A dramática declaração foi o estopim para uma intensa movimentação política nos bastidores do clube.

24/03 – Renúncia

 
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O presidente Rubens Bohlen se torna o primeiro presidente da história do Paraná a renunciar. Em seu lugar, assumiu o vice-presidente Luiz Carlos Casagrande, o Casinha, que trouxe consigo o apoio financeiro e gerencial do grupo Paranistas do Bem. Liderado pelo empresário Carlos Werner , o PdoB prometeu aporte financeiro de R$ 4 milhões e acesso para a Série A.

08/04 – Fora do Estadual

Após terminar a primeira fase do Estadual na sexta colocação, o Tricolor é eliminado de forma humilhante pelo futuro campeão Operário nas quartas de final, após empate no jogo de ida e derrota por 3 a 0 no duelo de volta, em Ponta Grossa.

23/04 – Vexame histórico em casa

 

O Paraná alcança a proeza de ser eliminado na primeira fase da Copa do Brasil pelo Jacuipense, equipe semi-amadora do interior da Bahia, que despachou o Tricolor nos pênaltis em plena Vila Capanema. O jogo marcou a despedida do ídolo Lúcio Flávio, que não se adequou ao teto salarial da nova diretoria e foi para o rival Coritiba, assim como a confusa demissão de Luciano Gusso.

06/05 – Promessa...

O Paraná apresenta o técnico Nedo Xavier para a Série B. No mesmo dia, Casinha promete o acesso de divisão com três rodadas de antecedência. Já o superintendente de futebol Vavá promete montar um elenco forte. “Não vamos repetir as campanhas pífias dos anos anteriores”, disparou.

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08/05 – Relargada na temporada

 

Com gol do atacante Henrique, o Paraná vence o Ceará por 1 a 0, na Vila Capanema, na estreia da Série B. Ao todo, o time estreou seis novos jogadores na partida.

08/07 – Fim de ciclo

Contratado como projeto de longo prazo, Nedo Xavier é demitido. Em 11 jogos, Nedo obteve 3 vitórias, 3 empates e 5 derrotas, deixando o time na 15.ª colocação. Até então o Paraná já havia contratado 17 reforços. “Foram apostas de loteria”, criticou Nedo após a saída. Ainda no mesmo dia, clube confirma certo com Fernando Diniz, ex-Audax.

23/09 – Eleito

 

Membro do Paranistas do Bem, Leonardo Oliveira é eleito presidente do Paraná pelos próximos três anos.

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28/09 – Adeus, Diniz

 

Paraná demite Fernando Diniz, que deixa o clube com 47% de aproveitamento. O treinador, que havia inclusive apoiado Leonardo Oliveira no processo eleitoral, afirmou ter sido traído pela diretoria. Já o superintendente Vavá foi sucinto ao explicar a decisão: “manda quem pode”, afirmou.

02/10 – Interino

 

Fernando Miguel assume como técnico interino no melancólico empate por 0 a 0 com o Criciúma, fora de casa. Após demissão de Diniz, mesmo ainda com chances de acesso e de queda, o Paraná praticamente abandona o campeonato e passa a pensar do planejamento para 2016. No entanto, clube ainda sofreria com as chances de rebaixamento.

14/10 – Salvo, enfim

Paraná vence o América-MG na Vila Capanema e evita qualquer risco de rebaixamento. Antes, durante a semana, torcida organizada publica nota em tom de ameaça aos jogadores. “Conhecemos bem corpo mole de jogador safado”, diz o texto da Fúria Independente.

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29/10 – Tudo pelo social?

 

Buscando a sobrevivência do clube, Conselhos do Paraná aprovam a venda da sede social da Kennedy.

26/11 – Novo comandante

Paraná anuncia retorno do técnico Claudinei Oliveira para comandar o clube em 2016. Anúncio oficial do clube acontece sem que houvesse a assinatura do contrato de trabalho. “Só falo como novo técnico após a assinatura do contrato”, afirmou Oliveira, com cautela. O acordo acabou oficializado mais tarde. Quem também volta à Vila Capanema é o ex-volante Beto Amorim. Ele assume pela segunda vez a gerência de futebol paranista.

28/11 - Empate de despedida

Empate com o Sampaio Corrêa, fora de casa, por 1 a 1, fecha o ano do Tricolor.

11/12 – Sul-Minas-Rio

 
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Com a saída do Cruzeiro da Primeira Liga, o Paraná fica muito perto de ter a vaga assegurada para o torneio que abre a temporada 2016 junto com os Estaduais e a Copa do Brasil. Cinco dias depois, entretanto, o time mineiro confirma o retorno à competição. A reviravolta cruzeirense envolveu a exigência de retirada de Mario Celso Petraglia, presidente do Conselho Deliberativo do Atlético, da posição de co-presidente da Primeira Liga.

17/12 - Velho fantasma

Problema recorrente do Paraná, o atraso salarial voltou a afligir o clube na reta final de 2015. Apesar da promessa do grupo Paranistas do Bem de manter os vencimentos em dia até o fim da Série B, a maior parte do elenco terminou o torneio com três meses de salários (na forma de direitos de imagem) atrasados. Ao deixar a Vila Capanema e retornar para o Audax, o golerio Felipe Alves reclama da situação e ameaça entrar na Justiça.

19/12 - Festa somente fora de campo

Sem motivos para comemorar, a torcida paranista recorre à inabalável paixão pelo clube para celebrar os 26 anos de vida do Paraná.