O Estádio Érton Coelho Queiroz, a Vila Olímpica do Boqueirão, celebra 33 anos de inauguração, nesta quarta-feira (7), em uma marcha de regresso às origens: desde janeiro, a praça esportiva voltou a ser a casa das categorias de base do Paraná . Vocação que o tradicional complexo já cumpriu em diversas oportunidades no passado do clube.
Dois fatores foram decisivos para que o Tricolor escolhesse novamente o espaço no Boqueirão para forjar seus talentos: a ida do time profissional para o CT Ninho da Gralha, onde a base treinou nos últimos anos; e a melhor localização do estádio em relação ao Ninho, situado em Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba.
FOTOS: Confira imagens da renovada Vila Olímpica do Boqueirão
O segundo aspecto tem relação direta com a nova aposta da diretoria para a captação de jogadores — desde o início do ano, o clube aboliu o sistema de alojamentos e recebe apenas atletas cujas famílias vivem em Curitiba e Região Metropolitana.
Se por fora a aparência é de descuido, com muros pichados e mato crescendo nas calçadas, internamente a Vila Olímpica passou por uma reforma que custou R$ 300 mil ao clube. O gramado do campo principal, onde os times de base mandam jogos, foi trocado; os dois campos auxiliares estão bem conservados; os vestiários foram modernizados; e os espaços de academia de musculação, departamento médico e fisioterapia, revitalizados.
O setor das arquibancadas superiores, por outro lado, permanece sem os laudos necessários para receber público. Já a subutilizada cancha de areia que faz parte do complexo deverá ser substituída por um campo de grama sintética.
Para manter a estrutura, o Tricolor desembolsa R$ 100 mil mensais. Valor bancado em sua maior parte por parceiros comerciais. “O Ninho ficava um pouco longe para nós e por isso retomamos a base no Boqueirão, até porque nossos atletas são de Curitiba”, reforça o diretor da base, Ricardo Lima.
“Não é uma maravilha, mas hoje temos uma base reestruturada, com tudo o que precisa. Estamos formando atletas de alto nível”, prossegue Lima, que comanda o setor ao lado do coordenador técnico, Mathias Lamers. Acima de ambos, está o superintendente da base, o empresário Carlos Werner.
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Já a subsede do Boqueirão, situada do outro lado da Rua Pastor Antônio Pólito, que dá acesso ao estádio, mantém apenas um refeitório e um campo auxiliar em funcionamento. O restante da estrutura — piscinas, tobogãs, vestiários, canchas, área de churrasqueiras e bosque — segue inutilizado, mas com condições mínimas de preservação mantidas pelo clube.