Após fim dos tropeços, Paraná apela à torcida

• 0

O torcedor do Paraná tem decepcionado neste início de Estadual. Em nenhum dos três jogos realizados até agora pelo clube em Curitiba, a marca de 4 mil pagantes foi alcançada. Como consequência, a média ficou em 2.889 por jogo, um número 47% inferior em relação às três partidas iniciais do time no Paranaense do ano passado (5.410).

Hoje o paranista tem uma nova chance para apoiar o Tricolor e aumentar a audiência na Vila Capanema. A partida é contra o Prudentópolis, às 18h30.

A diretoria aposta que a vitória na semana passada sobre o Operário, que acabou com a série de três tro­­peços, deixou os fãs mais empolgado. "A presença da torcida, o apoio da arquibancada, tudo isso faz parte, está ligado. Quanto mais torcida, maior o clube", analisa o vice-presidente de futebol, Celso Bittencourt.

A falta de assiduidade é um reflexo do que o time tem apresentado em campo – abre a 6.ª rodada com apenas seis pontos. Jogando em casa, venceu o Cianorte na estreia, mas perdeu para Maringá e J. Malucelli, para um público de 3.581, 2.940 e 2.147, respectivamente.

Além de um baixo número de torcedores nas arquibancadas, quem tem ido ao Durival Britto e Silva tem demonstrado pouca paciência, vaiando os jogadores e pedindo a demissão do técnico Milton Mendes – o triunfo fora de casa sobre o Operário por 3 a 1 acalmou um pouco o ambiente.

"Eu imagino que o torcedor vá a campo para torcer pela equipe. Vai gritar pelos jogadores, pelo time. É importante que as pessoas entendam que os jogadores estão ali pelo melhor do clube, mas às vezes não conseguem. Ninguém quer ganhar mais do que os jogadores", destaca Milton Mendes.

Esse distanciamento entre time e torcida tem impacto direto nos cofres do Paraná. Nas três partidas o clube arrecadou, no total, R$ 31.777, média de R$ 10.592 – no jogo diante do J. Malucelli, o clube saiu no prejuízo, precisando pagar R$ 2.779,45 para cobrir todas as despesas.

No último balanço financeiro, referente a 2012, a arrecadação com sócios e bilheteria respondeu pela terceira maior fonte de renda do clube, chegando a R$ 1,816 milhão, abaixo somente das cotas de televisão e venda de jogadores.