Presidente paranista Leonardo Oliveira.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Na noite desta quarta-feira (23), o Paraná reuniu os associados na sede da Kennedy para o evento “PRC Transparente”. Após o fracasso da temporada dentro de campo, o Tricolor preferiu valorizar acertos fora dele. Apenas sócios em dia tiveram acesso. A reportagem apurou que alguns torcedores com atraso de menos de um mês foram barrados na entrada.

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Na Série B deste ano, o Paraná flertou com o rebaixamento e fez sua pior campanha desde a queda para a Segundona, em 2007. No discurso, que durou aproximadamente três horas, a direção paranista reforçou os problemas financeiros que o clube vive e destacou alguns pontos: a dificuldade para se vender a sede social na Vila Guaíra, o fato de ter iniciado 2016 com cerca de 60% do orçamento já comprometido, além da consequente falta de recursos para se investir no time. Mesmo assim, os dirigente ressaltaram os salários em dia na temporada, prática incomum nos últimos dez anos.

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A direção focou em algumas vitórias administrativas, como o “caso Thiago Neves”. A dívida de R$ 36 milhões caiu para R$ 4,5 milhões – o empresário Carlos Werner desembolsou R$ 2,6 milhões e o Tricolor pagou o restante. Outro ponto citado foi a redução de ações trabalhistas, com alguns acordos vigentes e outros liquidados; a entrada no Ato Trabalhista, além do parcelamento junto à União através do Profut. A questão da busca pela posse definitiva da Vila Capanema, que está sendo negociada por partes da Kennedy e da Vila Olímpica, também foi reforçada.

Em relação ao Centro de Treinamento Ninho da Gralha, repassado a Werner, a diretoria alega que o espaço poderia ser perdido em outras ações da Justiça por existirem penhoras sobre o terreno. Com o empresário paranista como dono, o risco de perda do patrimônio é nulo. Já está definido que o Paraná vai continuar usando o local sem aluguel por um período ainda a ser definido.

Promessa de campanha em 2015, a transparência do Paraná vem caminhando a passos curtos e se resumia a notas oficiais sem muitos detalhes no portal do clube. Esse é apenas o segundo evento em que os torcedores tiveram a oportunidade de ouvir e questionar diretoria. O outro encontro aconteceu em dezembro do ano passado, quando associados reclamaram da possível venda de 70% da Kennedy, não concretizada até agora