Personagem
Com atuação apagada, Luisinho deixa o campo sob vaias
O meia-atacante Lusinho foi eleito pela torcida paranista como o algoz do empate do Tricolor por 2 a 2 com o Arapongas, ontem, na Vila Capanema. Ao ser trocado por Aymen, aos 13 minutos do segundo tempo, o prata da casa deixou o campo sob vaias das arquibancadas. Titular em oito das nove partidas disputadas pelo Tricolor no Campeonato Paranaense, o jogador de 22 anos foi substituído nos dois últimos jogos do Tricolor contra J. Malucelli e ontem ante o Alviverde. O jogador não deu entrevistas na saída de campo.
Porém, ganhou amparo do técnico Toninho Cecílio, que saiu em defesa do jogador e do restante do elenco. Segundo ele, o Tricolor teve uma apresentação atípica. "Estamos com um grupo em formação. Em outras partidas eles foram muito valentes", destacou o técnico.
Cria do Paraná, Luisinho foi um dos destaques do time na temporada passada. O jogador foi vice-artilheiro do time com dez gols marcados em 38 jogos.
Em baixa: Luisinho
Ao lado de JJ Morales, Luisinho não faz uma sequência positiva com a camisa 7. Inoperante no ataque, o jogador foi substituído no segundo tempo e deu lugar a Aymen, autor do segundo gol tricolor.
Em alta: Baiano
O atacante Baiano, 30 anos, tem faro de gol. Artilheiro do Paranaense-2012 pelo Operário com 13 gols, debutou no Estadual deste ano ao marcar os dois do Arapongas contra o Paraná.
Corneta: Vergonha
Os pouco mais de 3.500 torcedores que acompanharam o empate entre Paraná e Arapongas não pouparam o time. Após a confirmação do resultado, alguns chegaram a vaiar e gritar "vergonha".
O Paraná experimentou, contra o Arapongas, um apagão que pode ter custado o objetivo central do time neste início de temporada. Após ostentar um placar de 2 a 0, ontem, na Vila Capanema, o Tricolor se desequilibrou e acabou surpreendido por dois gols do veterano Baiano, já nos minutos finais da partida. O resultado praticamente minou as chances de conquista do primeiro turno do Campeonato Paranaense a duas rodadas do fim da fase, já que o time da Vila terceiro colocado com 17 pontos precisa fazer sua parte e torcer por tropeços simultâneos de Coritiba e Londrina, líder e vice-líder, respectivamente.
Único do Trio de Ferro a entrar com elenco principal desde a primeira rodada do regional, o grupo de Toninho Cecílio viu a vantagem do Coxa na tabela aumentar para quatro pontos. Ou seja, a matemática tricolor complicou consideravelmente. Além de vencer as duas partidas derradeiras contra o Cianorte no interior do estado e o Paranavaí em casa o Paraná precisa torcer para que o Alviverde conquiste apenas um dos seis pontos que ainda restam em disputa. Fora o Londrina.
Na saída de campo, o discurso dos jogadores era de lamentação total. "É difícil, a gente faz 2 a 0 e, ao invés de segurar o jogo, trabalhar a bola... A gente é time grande, brigando por título, é inadmissível acontecer isso", desabafou o goleiro Luís Carlos. "Empatamos porque tomamos gol que não costumamos tomar. Aconteceu isso em um jogo que não poderia", avaliou Lúcio Flávio, que abriu o placar na Vila Capanema em cobrança de falta. Aymen ainda ampliou, antes de a sorte começar a virar a favor de Baiano, protagonista do empate.
Para o técnico Toninho Cecílio, a falta de calma para trabalhar a bola fez parte de um comportamento atípico da equipe. "Fizemos uma partida desencontrada. O futebol te proporciona dias em que nada dá certo. Era preciso saber segurar o resultado", cobrou o treinador. "Não tivemos poder de decisão para resolver a partida", emendou, seguindo nas lamúrias.
Ainda segundo o comandante paranista, as vitórias dos rivais podem ter influenciado na atuação apagada do time da Vila. "Foi um dia ruim. Pode ser que os resultados da rodada tenham mexido no ambiente", afirmou o técnico. Invicto no Paranaense, o Tricolor vê nos empates o principal entrave no campeonato. Em nove rodadas, foram cinco resultados de igualdade, contra três empates do Coxa e apenas dois do Tubarão.
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