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Paranistas partem para cima do quarteto de arbitragem após o empate por 2 a 2 com o J. Malucelli, que tirou os dois da liderança do Estadual: time reclama de dois pênaltis não marcados | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Paranistas partem para cima do quarteto de arbitragem após o empate por 2 a 2 com o J. Malucelli, que tirou os dois da liderança do Estadual: time reclama de dois pênaltis não marcados| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

O árbitro Adriano Milczvski relatou na súmula do empate em 2 a 2 do J.Malucelli com o Paraná, na última quarta-feira, a invasão de campo e ofensas proferidas a ele pela diretoria tricolor. Após o jogo, o presidente Rubens Bohlen, o gerente de futebol Alex Brasil, o supervisor Fernando Leite, o vice-presidente Paulo César Silva e seu filho - cujo nome não foi identificado - invadiram o campo para reclamar com o juiz.

A reclamação era de que dois pênaltis não foram marcados a favor do Paraná. A partida foi tensa no segundo tempo , com a expulsão dos dois técnicos - a terceira de Toninho Cecílio, do Paraná -, do médico paranista, além de reclamação dos jogadores de ambos os lados.

Na súmula, Milczviski afirma ter sido ofendido com "diversas ameaças verbais e tentativas de agressões" da diretoria paranista. Entre as ameaças, o árbitro afirma que Brasil o ameaçou fisicamente. "Vou te esperar, seu safado. Vou te matar, corja de vagabundo", relata Milczvski o que teria dito o gerente de futebol a ele. Também consta na súmula que Brasil teria atirado um copo de água contra o trio de arbitragem - o que foi flagrado pelas câmeras de televisão.

Ainda conforme o relato, o presidente do clube teria dito que Milcszviski nunca mais apitará uma partida do Paraná. "Parabéns pela sua sacanagem, você nunca mais apitará jogo nosso", teria sido o que Bohlen disse, ainda segundo o juiz.

Leite também fez ameaça. "Você é um ladrão safado, merece apanhar mesmo", teria sido o que o supervisor declarou.

No último parágrafo da súmula, Milczvski afirma que a diretoria teve intenção de agredi-lo, "ameaçando o tempo todo". "Seguiram-nos até a entrada do vestiário da arbitragem, onde a PM teve que usar de força física e de seus escudos para nos proteger e conter os mesmo para que não conseguissem agredir o quarteto de arbitragem", conclui a súmula.

A súmula deve ser avaliada pela procuradoria do Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR) nos próximos dias. Dependendo da avaliação da corte, os dirigentes paranistas relatados podem sofrer punições.

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