A entrada do grupo Paranistas do Bem na diretoria do Paraná, em março deste ano, garantiu salários em dia para o departamento de futebol e categorias de base do clube. Na sede social da Kennedy, porém, a realidade de trabalhar sem receber permanece para a maioria dos funcionários: os atrasos chegam a quatro meses em alguns casos.
“Ficamos tristes de ainda termos atrasos no social”, admite o presidente do clube, Luiz Carlos Casagrande, o Casinha. “Hoje o clube arrecada menos do que gasta, o que inviabiliza os salários em dia. No futebol já veio um aporte para sanear a questão financeira. No social, vivemos apenas com o caixa do clube. Estamos tentando adequar a parte social também”, prossegue o dirigente, em alusão ao aporte de R$ 4 milhões dos Paranistas do Bem.
Uma funcionária do Tricolor, que não quis se identificar por medo de retaliações, reclamou de que, quando um grupo de funcionários foi cobrar os atrasados na última semana, ouviu da diretoria que era “melhor começar a procurar outro emprego”.
A resposta seria uma alusão ao possível fechamento da parte social do clube em um futuro próximo. Casinha confirma a existência do boato, mas nega veementemente a possibilidade de se tornar realidade.
“Esse assunto [fim do social] tem ganhado força nos corredores do clube, hoje [segunda-feira] mesmo ouvi isso aqui de diferentes pessoas. Mas não existe essa possibilidade, de forma alguma. Estamos tendo reuniões para garantir o fim desse boato”, diz Casinha, que promete o pagamento dos atrasados até o final do ano.
“Vamos parcelar com os salários dos próximos meses. Todos têm família para sustentar. Queremos entregar essa gestão, no final do ano, sem pendências de salários”, completa.