Tricolores
Chegou
O atacante Gabriel Barcos realizou exames médicos na Vila Capanema e deve ser confirmado oficialmente hoje. Ele veio do Maringá, onde foi um dos destaques do Paranaense.
Saindo
O atacante Luisinho deve ser apresentado hoje no Bragantino. Criado na base do Paraná, ele se despediu ontem.
Desgaste
Claudinei Oliveira pode poupar até quatro jogadores hoje devido ao desgaste físico. Os exames desses atletas, não revelados, apontaram risco de lesão.
O Joinville, adversário desta noite, às 21 horas, na Vila Capanema, inspira o Paraná. Tudo porque, assim como Chapecoense, Figueirense e Criciúma, por exemplo, consegue fazer bonito em campo mesmo com um orçamento apertado, uma realidade que acompanha o Tricolor há alguns anos. Algo que o time paranaense tenta se espelhar para voltar à elite.
Há sete anos na Série B, o Paraná tem se descolado dos rivais Atlético e Coritiba, muito em função da diferença do dinheiro que entra de direitos de transmissão de televisão e de patrocínios. Essa disparidade deixou a dupla Atletiba mais próxima dos grandes da Série A e jogou a equipe tricolor a um patamar semelhante ao dos catarinenses.
O Tricolor, porém, não vem tendo em campo os mesmos resultados dos vizinhos. Avaí (2008), Figueirense (2010 e 2013), Criciúma (2012) e a Chapecoense (2013) chegaram à Primeira Divisão. O Joinville pode não ter subido, mas nas duas edições em que milita na Segundona passou perto. Foi sexto colocado em 2012 e 2013, sempre acima do Tricolor.
Essa superioridade em campo é nítida no confronto direto. Contra times catarinenses, o Paraná realizou 24 jogos de 2008 para cá e só conquistou 30,5% dos pontos. Número que piorou nos últimos dois anos: 28% em 2012 e 25% em 2013.
Os bons resultados fizeram com que o estado de Santa Catarina colocasse atualmente três representantes na elite e dois no nível logo abaixo. Clubes que continuam à margem dos grandes do ponto de vista financeiro, mas que têm conseguido montar times competitivos. Um case que o Paraná tem acompanhado com atenção e tentado repetir.
"Eles conseguiram subir um pouco o patamar, com times bem estruturados e mais fortes. O Paraná pode sim se espelhar, até pela folha [salarial] que não é alta. São trabalhos de anos e que podemos seguir", reconheceu o gerente de futebol, Roque Júnior.
Para a cúpula paranista, não há segredo para esse boom do futebol catarinense. Roque Júnior é taxativo ao dizer que são clubes que se organizaram com uma boa gestão. Ou seja, o trabalho começou fora de campo e desceu para o gramado de forma natural. É exatamente o que ele tenta fazer na Vila Capanema.
Esse olhar diferente para Santa Catarina se reflete inclusive nas contratações. Um mercado a ganhar corpo. O Paraná mesmo foi buscar Juliano Mineiro no Metropolitano de Blumenau e segue observando atletas na região. "Estive lá assistindo a alguns jogos e é um mercado que evoluiu bastante. Há jogadores interessantes e continuamos de olho", disse Roque Júnior.
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