O Paraná participará, em 2016, pela nona vez consecutiva da Série B do Brasileiro. Desde que caiu, no final de 2007, o Tricolor brigou efetivamente pelo acesso apenas em uma ocasião, em 2013, quando o técnico pernambucano Dado Cavalcanti estava no comando. Para 2016, as mudanças diretivas, com o comando do novo presidente, Leonardo Oliveira, trazem a perspectiva de que o clube possa repetir aquela campanha e até conquistar o acesso. Mas um velho problema ameaça seguir assombrando a Vila Capanema.
Listamos cinco motivos para a torcida acreditar e um para manter a desconfiança do Paraná em 2016.
Por que confiar?
Paranistas do Bem
Quando assumiu o controle do clube, após a renúncia de Rubens Bohlen, o grupo Paranistas do Bem, com Luiz Carlos Casagrande, o Casinha, na presidência do clube, herdou um elenco já formado e não teve tempo para montar uma equipe à altura do objetivo de ascender à Série A com três rodadas de antecedência. Agora, sob o comando do presidente Leonardo Oliveira, um dos cabeças do Paranistas do Bem, há tempo para ir em busca de soluções. A expectativa é de que o caixa seja reforçado e de que o clube acerte mais nas contratações.
Cotas de TV
Sem contar com grande aporte financeiro, o Paraná se via obrigado a sempre adiantar os valores a que tem direito pelos direitos de transmissão da Série B. Porém, na última temporada, a prática foi quebrada e o Tricolor terá cerca de R$ 5 milhões para receber de direitos televisivos em 2016, algo que pode ajudar consideravelmente na montagem e manutenção do elenco paranista.
Claudinei Oliveira
O treinador Claudinei Oliveira deixou boa impressão em sua primeira passagem pela Vila Capanema e seu retorno gerou uma onda de otimismo entre os torcedores. Com histórico de aproveitamento das categorias de base e bons resultados com times medianos, o técnico volta em 2016 para comandar a reformulação paranista neste primeiro ano da gestão de Leonardo Oliveira.
Marcos
A manutenção do goleiro e ídolo Marcos, além de servir como alento a torcida paranista, carente de ídolos recentes, ajuda também a manter certo equilíbrio no elenco paranista. Com sua experiência e seu conhecimento do clube, o veterano é essencial para manter o controle do elenco, principalmente nos momentos de crise financeira ou de resultados.
Base campeã
A geração que está prestes a ingressar no elenco profissional do Tricolor vem com um título de peso: o Estadual sub-19 de 2015, após oito anos de jejum. Alguns nomes deste time já integram o elenco desde o começo de 2015, mas a utilização de jogadores como Lucas Pará, Leandro Vilela, Yan Philipe e Paulinho Pitbull em 2015 pode facilitar a transição dos garotos entre a base e o profissional e render frutos em campo,além de possíveis negociações das revelações.
Por que desconfiar?
Atrasos salariais
A promessa dos Paranistas do Bem era de manter o pagamento dos jogadores em dia até o fim da Série B, mas o objetivo não foi totalmente cumprido. O saldo de 2015 é melhor que o dos anos anteriores, em que o clube fechava a temporada com débitos de pelo menos três meses com os atletas. Mas é possível que o Paraná siga sofrendo com a questão em 2016, o que pode conturbar o ambiente e atrapalhar os planos de acesso.
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