O Paraná, o atacante Giancarlo e o empresário Marcos Amaral chegaram a um acordo para a permanência, pelo menos temporária, do artilheiro na Vila Capanema. Após se desentender com o seu agente e escancarar, mais uma vez, as pendências financeiras do clube, o jogador descartou uma saída precoce e avisou que só irá se despedir do clube pela porta da frente. Ou seja, com uma proposta interessante para ele o para o Tricolor, o que pode ocorrer neste período de pausa durante a Copa do Mundo.
O camisa 9 tem contrato com o Tricolor até o fim de 2015 e o "fico" foi anunciado após uma reunião na tarde desta terça-feira (3) na sede da Kennedy. Foi o desfecho do mais novo imbróglio na Vila, que começou na semana passada.
Após o empate de sexta-feira com o Oeste, o atacante cobrou publicamente o empresário Marcos Amaral que, segundo acordo entre ambos, deveria ajudar a bancá-lo em caso de atraso nos salários. O jogador revelou à imprensa que precisou pedir dinheiro ao agente para pagar um exame da esposa, que estava grávida.
"Eu vim para o Paraná por causa do Amaral. Sempre abri portas para ele em outros clubes. Ele se comprometeu a ajudar caso o clube não pagasse", contou Giancarlo, que acumula 17 gols na temporada.
A resposta de Marcos Amaral foi no mesmo tom. "Não sou o Banco do Brasil. Ajudo como posso. E você, Giancarlo, devia lembrar que não estava no Real Madrid [o jogador defendia o Bragantino] antes de vir para o Paraná. E devia pensar também não apenas no próprio nariz, e sim no clube e na sua torcida, que são maiores do que você ou eu", disparou o empresário em entrevista à Rádio Transamérica.
O clube chamou ambos para um encontro, que serviu para aparar arestas, rendeu desculpas públicas por parte do empresário e a exaltação do jogador feita pela diretoria.
"Hoje, o Giancarlo é uma marca. Um jogador muito importante e precisa ser valorizado. Ele veio como uma contratação pontual que deu muito certo. Sabemos que mais cedo ou mais tarde vamos perdê-lo. Mas que seja um bom negócio, que é um dos objetivos do futebol", explicou o superintendente Celso Bittencourt. Classificado pelo clube como um jogador de Série A, o Paraná nem sequer se preocupou com o número de jogos disputados pela Segundona. Foram mais de sete impedindo uma transferência para outro time da divisão de acesso nacional. De acordo com Marcos Amaral, até agora não houve nenhuma proposta interessante pelo atleta.
O presidente Rubens Bohlen comemorou o acordo, mas lamentou nova exposição pública da crise financeira tricolor. "Nós tentamos falar internamente. Sabemos até que a diretoria está se esforçando. Mas não tem como evitar às vezes", justificou o goleador paranista.
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