Ídolo alviverde marca aos 46 e pede licença aos colegas para abraçar Marquinhos Santos| Foto: Heuler Andrey/ AGIF/ Folhapress

O jogo

O Rio Branco se adaptou melhor ao péssimo gramado desde o início. Na primeira etapa, fazendo ligação direta com o ataque. Na segunda, trocando passes curtos na frente. O Paraná teve a chance de empatar no pênalti desperdiçado por Rubinho. Logo depois, o Leão matou o jogo convertendo a sua penalidade.

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Personagem

Rubinho desperdiça chance e pênalti

Pela primeira vez no segundo turno o Paraná não teve Lúcio Flávio vestindo a camisa 10. E sentiu demais a falta de seu principal jogador. Rubinho, substituto e titular pela primeira vez, não conseguiu ser o homem de criação do Tricolor. De quebra, ainda perdeu o pênalti que poderia ter empatado a partida. O desfecho terrível de uma semana em que o armador causou polêmica.

Na quinta-feira, após o jogo com o Operário, Rubinho reclamou de falta de companheirismo dos demais jogadores na hora de dar o passe para gol. Foi repreendido por Toninho Cecílio, desculpou-se perante os colegas e recebeu a chance de ser titular em Paranaguá. Desperdiçou.

Desde o início, Rubinho recebeu uma marcação dura – até desleal – do volante Duda. Bastava ele pegar na bola para levar um tranco. Quando escapava do cerco, errava passes. O pênalti sofrido por Gilton foi a chance da redenção. Mas a cobrança fraca, quase no meio do gol, facilitou a defesa de Rodrigo Café.

"Se tivesse feito o gol, talvez tivéssemos um melhor resultado. Mas tem de dar apoio ao jogador [Rubinho]", afirmou o técnico Toninho Cecílio.

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O projeto Série B começou mal para o Paraná. No jogo eleito como largada da preparação final para o torneio nacional, Toninho Cecílio viu seus testes na escalação não surtirem efeito e seu time sucumbir em um gramado horrível, capaz de fazer inveja à Vila Capanema. A derrota por 2 a 0 para o Rio Branco, no Gigante do Itiberê, resumiu uma jornada em que quase nada deu certo para o Tricolor, sétimo colocado do returno, com nove pontos. O Leão está um ponto e uma posição abaixo. No geral é o nono, com 18 – três acima do rebaixável Paranavaí.

A exibição de ontem teve poucos aspectos positivos. Sem poder contar com Reinaldo, Ricardo Conceição e Zé Luís, o treinador ainda poupou Anderson e Lúcio Flávio. Quem entrou ficou devendo. Borges saiu no intervalo, João Antônio até foi bem, mas deu a casquinha que permitiu a Rodrigo Jesus marcar o primeiro gol, Rubinho perdeu um pênalti e Dudu fez alguns dos inúmeros chuveirinhos que acabaram nas mãos do goleiro Rodrigo Café. "A gente tem de olhar para a Copa do Brasil. É só jogo decisivo e esses jogadores [que entraram] precisam estar minimamente em ritmo de jogo", justificou Toninho.

No entanto, o próprio treinador admitiu que o material que tem em mãos é insuficiente para levar o clube de volta à Série A. Disse que está sendo feito o melhor dentro dos padrões financeiros oferecidos, mas admitiu que o Paraná precisará de mais consistência.

"Antes de falar em renovação, precisamos corrigir algumas diretrizes na montagem do elenco", pediu. A permanência de Cecílio não é questão fechada. A direção está satisfeita com o trabalho, mas não abriu negociação. Pretende fazer isso mais perto do fim do contrato, em 20/5. "Vamos observar o desempenho e os resultados no Paranaense e na Copa do Brasil antes de fechar posição. O mesmo vale para o Toninho, que pode receber proposta", afirmou à Gazeta o superintendente de futebol, Celso Bittencourt.

A incerteza não abala o treinador. "Assumo os erros que cometi. Se tiver de trabalhar até o último dia sem renovar, lido bem com isso, não fico ansioso, é muito tempo de futebol. Vou aguardar a manifestação da diretoria", argumentou o treinador, que terá mais um teste no próximo domingo, contra o J. Malucelli, antes da estreia na Copa do Brasil, contra o São Bernardo (10/4), fora de casa.

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