Sem ambição alguma em seu oitavo ano consecutivo na Série B – a não ser evitar matematicamente o rebaixamento –, o elenco do Paraná admite que os torcedores terão dificuldades em encontrar motivação para assistir ao duelo contra o ABC.
O jogo, que estava previsto para sábado (24) e foi adiado por problemas na viagem do time potiguar, é nesta terça-feira (27), às 21 horas, na Vila Capanema.
“É difícil motivar o torcedor. É triste chegar a essa altura do campeonato e a gente estar dando explicações. Acho que o torcedor já está cansado disso”, admite o experiente goleiro Marcos. “Se for para motivá-los em termos de resultado, fica muito complicado”, emenda o arqueiro.
Paraná não ignora risco mínimo de rebaixamento
Leia a matéria completaO esvaziamento de público dos jogos do Paraná como mandante está ligado às fracas exibições. Nem mesmo campanhas do departamento de marketing e promoções de ingressos alavancaram as médias de público e renda.
Somente em três duelos o time foi capaz de colocar público superior a 5 mil torcedores, justamente quando a equipe viveu seu melhor momento, sob o comando de Fernando Diniz.
Na estreia do treinador, na 12.ª rodada, foram 8.308 pagantes. Na 15.ª rodada, 7.990. E na 16.ª, o recorde de 14.305 — nesta ocasião, o time não saiu do empate com o CRB e o próprio Diniz admitiu que o elenco teve dificuldades em lidar com a pressão da casa cheia.
Nos jogos restantes, o Paraná mantém média de público de 2.862 torcedores por partida e renda líquida de R$ 2.788 por duelo, em média.
Além dos baixos valores arrecadados, assim como em anos anteriores o Tricolor sofre com penhora das rendas de jogos pela Justiça.
“Quando tivemos uma boa sequência, o torcedor deu retorno e faltou lugar na Vila. Não foi isso [a pouca média de torcedores] que atrapalhou nosso trabalho. Foi o nosso trabalho que não conseguiu fazer o torcedor vir em maior número”, opina o lateral Ricardinho.
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