Desencantou
O argentino JJ Morales marcou seu primeiro gol pelo Paraná. A jogada saiu num passe a meia altura, que foi dominado e concluído sem tocar o chão. O camisa 9 jogou novamente a partida inteira e foi bastante acionado longe da área. Na metade final do segundo tempo, teve a companhia de Reinaldo, outro centroavante, que, recuperado de lesão muscular, buscou mais o jogo. JJ. Morales fez sua segunda partida pelo Tricolor, após ter demorado um mês para ser registrado.
Conflito
Não só os paranistas estavam nervosos. A comissão técnica do Jotinha gritava e reclamava durante todo o jogo nas tribunas. Ao fim do jogo, gritaram para o quarto árbitro Robson Toloczko Coutinho, pivô das expulsões dos técnicos: "Olha o que você arranjou, Robson!"
Razoável
O público total no Ecoestádio foi de 1.517 pessoas. A pequena torcida local veio em número razoável, enquanto que os visitantes ocuparam o setor inferior de maneira mediana. Não havia torcedor algum no setor superior do estádio, feito de arquibancadas tubulares.
A partida em que J. Malucelli e Paraná empataram por 2 a 2, na tarde de ontem, no Ecoestádio, é candidata a melhor do campeonato. O duelo, porém, foi ofuscado por uma grande confusão após o apito final, como ato derradeiro de um segundo tempo nervoso, com expulsão dos dois técnicos, reclamação dos dois times e a invasão de campo pelos dirigentes do Tricolor.
"Com certeza o Adriano [Milczvski] não apita mais jogo do Paraná. Lamentável o que ele fez aqui, foi muito mal. Vamos ver se o Afonso [Vítor de Oliveira, diretor de arbitragem da FPF] se liga que ele se perdeu. O Adriano não tem equilíbrio. Entraremos segunda-feira com uma reclamação contra ele", anunciou o vice-presidente paranista Paulo César Silva, um dos tricolores que cercaram a arbitragem para reclamar. A principal cobrança era por dois pênaltis não marcados a favor dos visitantes.
Subiram ao gramado, além de Silva, o presidente Rubens Bohlen, o supervisor Fernando Leite e o gerente de futebol, Alex Brasil, o mais exaltado, que chegou a acertar um copo dágua no quarteto de arbitragem.
"Essa é a arbitragem do Brasil. Isso é perseguição. Teve o pênalti no Luisinho. Meu problema é com o auxiliar. Isso que fazem com o Toninho é desgastante", disparou Alex Brasil, sem especificar qual auxiliar teria errado e reclamando da expulsão do técnico Toninho Cecílio, a terceira em oito rodadas. Um jovem, filho de um dirigente, também estava dentro do campo engrossando o coro de cobranças ao apito.
"Quero competência da arbitragem. Os gols que sofremos foram méritos do J. Malucelli. Mas tivemos dois pênaltis não marcados, e era para ser quatro para a gente", reclamou o técnico paranista em sua coletiva de imprensa.
As críticas sobre a arbitragem de Adriano Milczvski não se restringiram ao Paraná. O J. Malucelli, que esteve duas vezes à frente no placar (Bruno Batata e Ceará), limitou-se a reclamar do aspecto disciplinar.
"O [Bruno] Batata foi caçado o jogo inteiro e nenhum amarelo [foi distribuído] por isso. Não acho que ele [o árbitro] influenciou no resultado", afirmou o presidente do clube, Joel Malucelli. O empate JJ Morales e Lúcio Flávio impediram a derrota tricolor devolveu a liderança isolada do campeonato ao Coritiba, que venceu o Toledo no complemento da rodada.
O diretor da comissão de arbitragem da FPF, Afonso Vítor de Oliveira, foi procurado pela reportagem, mas não atendeu as ligações.
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