Paranistas partem para cima do quarteto de arbitragem após o empate por 2 a 2 com o J. Malucelli, que tirou os dois da liderança do Estadual: time reclama de dois pênaltis não marcados| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

Desencantou

O argentino JJ Morales marcou seu primeiro gol pelo Paraná. A jogada saiu num passe a meia altura, que foi do­­mi­­na­­do e concluído sem tocar o chão. O camisa 9 jo­­gou novamente a partida in­­teira e foi bastante acionado lon­­ge da área. Na metade final do segundo tempo, teve a com­­panhia de Reinaldo, outro centroavante, que, recuperado de lesão muscular, buscou mais o jogo. JJ. Morales fez sua segunda partida pelo Tricolor, após ter demorado um mês para ser registrado.

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Conflito

Não só os paranistas estavam nervosos. A comissão técnica do Jotinha gritava e reclamava durante todo o jogo nas tribu­­nas. Ao fim do jogo, grita­­ram para o quarto árbitro Robson Toloczko Coutinho, pivô das expulsões dos técnicos: "Olha o que você arranjou, Robson!"

Razoável

O público total no Ecoestádio foi de 1.517 pessoas. A pequena torcida local veio em número razoável, enquanto que os vi­­si­­tantes ocuparam o setor infe­­rior de maneira mediana. Não havia torcedor algum no setor superior do estádio, feito de arquibancadas tubulares.

A partida em que J. Malu­­cel­­li e Paraná empataram por 2 a 2, na tarde de ontem, no Ecoestádio, é candidata a melhor do campeonato. O duelo, porém, foi ofuscado por uma grande confusão após o apito final, como ato derradeiro de um segundo tempo nervoso, com expulsão dos dois técnicos, reclamação dos dois times e a invasão de campo pelos dirigentes do Tricolor.

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"Com certeza o Adriano [Milczvski] não apita mais jogo do Paraná. Lamentável o que ele fez aqui, foi muito mal. Vamos ver se o Afonso [Vítor de Oliveira, diretor de arbitragem da FPF] se liga que ele se perdeu. O Adriano não tem equilíbrio. Entraremos segunda-feira com uma reclamação contra ele", anunciou o vice-presidente paranista Paulo César Silva, um dos tricolores que cercaram a arbitragem para reclamar. A principal cobrança era por dois pênaltis não marcados a favor dos visitantes.

Subiram ao gramado, além de Silva, o presidente Rubens Bohlen, o supervisor Fernando Leite e o gerente de futebol, Alex Brasil, o mais exaltado, que chegou a acertar um copo d’água no quarteto de arbitragem.

"Essa é a arbitragem do Bra­­sil. Isso é perseguição. Teve o pênalti no Luisinho. Meu problema é com o auxiliar. Isso que fazem com o Toninho é desgastante", disparou Alex Brasil, sem especificar qual auxiliar teria errado e reclamando da expulsão do técnico Toninho Cecílio, a terceira em oito rodadas. Um jovem, filho de um dirigente, também estava dentro do campo engrossando o coro de cobranças ao apito.

"Quero competência da arbitragem. Os gols que sofremos foram méritos do J. Malucelli. Mas tivemos dois pênaltis não marcados, e era para ser quatro para a gente", reclamou o técnico paranista em sua coletiva de imprensa.

As críticas sobre a arbitragem de Adriano Milczvski não se restringiram ao Pa­­raná. O J. Malucelli, que esteve duas vezes à frente no placar (Bruno Batata e Ceará), limitou-se a reclamar do aspecto disciplinar.

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"O [Bruno] Batata foi caçado o jogo inteiro e nenhum amarelo [foi distribuído] por isso. Não acho que ele [o árbitro] influenciou no resultado", afirmou o presidente do clube, Joel Malucelli. O empate – JJ Morales e Lúcio Flávio impediram a derrota tricolor – devolveu a liderança isolada do campeonato ao Coritiba, que venceu o Toledo no complemento da rodada.

O diretor da comissão de arbitragem da FPF, Afonso Vítor de Oliveira, foi procurado pela reportagem, mas não atendeu as ligações.