A passagem do gerente de futebol Marcus Vinícius pelo Paraná, entre 2014 e 2015, ficou marcada por uma polêmica declaração. Após a derrota por 1 a 0 para o rival Atlético, em fevereiro do ano passado, pelo Estadual, o ex-volante foi às lágrimas e disse: “Se não se unirem, o Paraná vai acabar esse ano. É triste, mas a Justiça vai tomar tudo se os paranistas não se unirem”, desabafou.
Curiosamente, após ‘prever’ o fim do Tricolor, o ex-jogador está diretamente ligado à dramática situação de outro clube brasileiro, a Portuguesa. O clube está na zona de rebaixamento para a Série D e com o estádio Canindé prestes a ir a leilão, em novembro, para o pagamento de dívidas. Mas nem mesmo a venda do estádio, avaliado em R$ 154 milhões, será capaz de quitar todo o passivo do clube paulista.
Um dos credores da Lusa é justamente Marcus Vinícius, que em 2002 fez poucos jogos pela equipe no Torneio Rio-São Paulo e no Brasileirão. Segundo reportagem da ESPN Brasil, ele tem direito a receber cerca de R$ 20 milhões do clube paulista. Os valores foram atualizados em 2014 e, portanto, devem ficar ainda maiores.
Isto ocorre porque, quando o volante foi dispensado da Portuguesa, estava em vigor ainda a chamada Lei Pelé, que determinava que, caso houvesse rompimento ou rescisão unilateral do contrato de trabalho por parte de um clube, a equipe teria de bancar o valor dos 13 pagamentos anuais ao jogador multiplicado por cem.
Com jogador, Marcus Vinícius defendeu também clubes como Cruzeiro, Grêmio, Ponte Preta, Sport, além do Atlético, entre 1999 e 2000.
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