Com as receitas escassas e preocupado em manter as contas em dia, o Paraná adotou uma fórmula tão velha quanto arriscada. Manteve as peças que deram retorno no ano passado, ou que demonstraram potencial, buscou reforços pontuais no mercado e completou o elenco com jogadores revelados nas categorias de base.
Essa mistura de baixo custo resultou em um plantel muito jovem, com média de idade de 22 anos. Cenário que obriga os jogadores mais rodados do grupo a assumirem ainda mais responsabilidade em campo e no vestiário.
Essa dura missão recai sobre os ombros de veteranos como goleiro Marcos, de 39 anos, e o meia Válber, de 34. Além deles, apenas o zagueiro Zé Roberto, os laterais Fernandes e Nei estão no grupo dos trintões. Essa turma é que terá de segurar as pontas enquanto os garotos ganham confiança.
“É importante ter esses jogadores [experientes] no elenco. Nós identificamos a qualidade nos jogadores da base, mas nem sempre o jovem se destaca”, ressalta o técnico Claudinei Oliveira, lembrando que nem sempre as promessas viram realidade no profissional. “Depende muito do perfil do atleta e como ele vai se comportar diante da pressão”, complementa.
“Era mais fácil trazer jogadores experientes, inflacionar a folha e não conseguir pagar. Mas nem sempre o caminho mais fácil é o correto. Precisamos que o torcedor compre essa ideia”, pede Claudinei.
Ele aposta na liderança técnica do quarteto ofensivo titular Válber, Nádson, Lúcio Flávio e Robson para servir de suporte aos meninos. “São atletas que quando os mais jovens entregam a bola sabem que eles vão dar sequência na jogada.”
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