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Após o apito final, a festa tomou conta da Vila Capanema | Henry Milleo/Gazeta do Povo
Após o apito final, a festa tomou conta da Vila Capanema| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

Foi uma manhã de domingo (13) de redenção para o torcedor do Paraná, que compareceu em bom número à Vila Capanema para acompanhar a final do Paranaense Sub-17. Com gol do goleiro Gui, o Paraná venceu o Coritiba por 6 a 5 nos pênaltis -- no tempo normal, 3 a 2 para o Tricolor -- e se sagrou campeão estadual de 2016. O Coxa jogava pelo empate após vencer a partida de ida por 2 a 1 no Couto Pereira na semana passada, mas a vitória paranista por um gol de diferença levou a decisão para as penalidades.

GALERIA: veja as imagens da partida e da festa paranista

O Alviverde jogou com o regulamento no bolso e deixou o Tricolor propor o jogo. A estratégia se mostrou fatal na primeira etapa. Em dois contra-ataques, o time do técnico Cesar Bueno abriu 2 a 0. No primeiro gol, aos 21 minutos, o atacante Pablo sofreu pênalti após bom lançamento de Matheus Cunha -- o goleiro Gui saiu atrasado e atropelou o atacante. Na cobrança, bola de um lado, goleiro do outro.

Nathan marcou o segundo gol para o Coritiba, mas foi expulso ao tomar o segundo amarelo logo na sequência Henry Milleo/Gazeta do Povo

O segundo gol foi um replay do primeiro. Novo contra-ataque, agora com Nathan, aos 37 minutos. O meia-atacante driblou três marcadores e tocou na saída do arqueiro tricolor. Contudo, após comemorar com a torcida, o jogador conseguiu tomar o segundo amarelo. A expulsão marcou a guinada do Paraná na partida.

Logo aos 5 minutos da segunda etapa, Johnny, em cobrança de falta, chutou na gaveta. O gol incendiou a Vila e fez o Coritiba quase abdicar do ataque. O Paraná seguiu amassando o Coxa, que até ameaçou em dois contragolpes puxados por Matheus Cunha. Mas, aos 21 minutos, nova chave da partida. Em uma jogada isolada na linha de fundo, uma dividida mais ríspida originou uma confusão generalizada, que acabou com a expulsão de quatro jogadores, dois de cada lado.

Depois de dez minutos de paralisação, com direito a assistente caindo no chão após tentar apartar briga e jogadores reservas trocando voadoras, atingindo, inclusive, companheiros de time, o jogo se transformou em um monólogo, com o goleiro do Coxa como protagonista, com quatro defesas difíceis.

Confusão generalizada fez a partida parar por dez minutos. Henry Milleo/Gazeta do Povo

Mas aos 42 minutos, já nos acréscimos -- as categorias de base contam com dois tempos de 40 minutos --, o Paraná empatou depois de uma jogada polêmica envolvendo Rafael Furtado. O atacante saiu costurando três marcadores e caiu na entrada da área. O árbitro deu falta fora da área, mas após mais três minutos de pressão, confusão e consulta ao assistente, o árbitro reverteu a marcação e confirmou pênalti. Na cobrança, o próprio Furtado pegou a bola e empatou o jogo.

Com ânimos ainda mais exaltados e quase 15 minutos de acréscimo, o Coxa seguiu encurralado dentro da área, até que em uma falta na entrada da pequena área, aos 54 minutos do segundo tempo, William Tamandaré , que havia entrado no segundo tempo, virou a partida, levando o jogo para os pênaltis. Após a cobrança, o árbitro encerrou o jogo, com muita reclamação da comissão técnica coxa-branca.

Penalidades

Nos pênaltis, com persistência da igualdade nas primeiras cobranças, com direito a cavadinha fracassada de jogador do Paraná – se convertesse o time teria vencido antes –, os goleiros foram para as alternadas. Gui, do Paraná, marcou e na sequência defendeu o chute do goleiro alviverde, selando o título paranista. “Não sei nem descrever o que estou sentindo”, disse o goleiro do Tricolor.

Gui cobra a penalidade que selou a partida: Paraná campeão do Sub-17Henry Milleo/Gazeta do Povo

“Sei que falhei no primeiro gol, mas depois fui adquirindo confiança. Na hora dos pênaltis, estava sem pressão. Fui lá e fiz a minha parte, ajudando a equipe a conquistar esse título, muito importante para as nossas carreiras”, definiu

O técnico Luciano Sinn mal conseguia falar depois do jogo. “Gente... Não precisava de todo esse sofrimento... Somente nós, aqui de dentro, sabemos como é para fazer as coisas acontecerem, para dar estrutura a essa molecada. Foi um dia especial na minha vida”, avaliou.

Outro que estava na torcida foi o goleiro Marcos, ídolo da torcida paranista. Quase chorando, o veterano parabenizou os jogadores. “Esses meninos foram incríveis. Como torcedor do Paraná, formado nas categorias de base, é emocionante ver a garra deles ao vestir a nossa camisa”, completou.

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