Após um primeiro tempo próximo da perfeição técnica e tática, quando abriu 2 a 0, o Paraná tomou a virada do Oeste, em Osasco, e arrancou o empate por 3 a 3 no último lance do jogo, com Lúcio Flávio, aos 49 minutos do segundo tempo.
O jogo emocionante da tarde deste sábado (3), pela 23.ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B, teve contornos ambíguos para ambas as equipes. Na prática, o Paraná fica com 30 pontos, na 13.ª colocação, uma posição atrás do Oeste, e vê novamente os adversários na luta contra a zona de rebaixamento se aproximarem.
TABELA: Veja a classificação da Série B
Os gols do Paraná foram feitos por João Paulo, Fernando Karanga e Lúcio Flávio. Todas as jogadas foram desenhadas pelo atacante Robson, o melhor jogador da partida. Crysan, Marquinhos e Rodolfo viraram para o Oeste, na segunda etapa.
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O jogo
Superior na primeira etapa e sem correr riscos defensivos, o Tricolor fez 2 a 0, coroando a melhor execução tática do Tricolor, que soube anular as pitorescas rotatividades de posição propostas pelo técnico Fernando Diniz.
Aos 21 minutos, em cobrança de escanteio de Robson, João Paulo subiu mais do que a zaga do Oeste e cabeceou sem chances de defesa para o goleiro Felipe Alves. Ainda antes, o Paraná teve, no mínimo, duas boas chances de abrir o placar em confusões proporcionadas pelo sistema defensivo do Oeste.
Aos 36 minutos, Henrique acionou Robson pela esquerda, Fernando Karanga tocou de cabeça, a bola acertou o travessão e ainda bateu nas costas do goleiro Felipe Alves antes de entrar.
O destaque do Oeste na primeira etapa foi o técnico Fernando Diniz, que armou um esquema tático quase surreal – tinha até atacante de zagueiro –, fez uma substituição logo aos 26 minutos e parecia continuamente transtornado à beira do gramado com o desempenho da equipe, inclusive, distribuindo inúmeros impropérios aos comandados.
No segundo tempo, o que parecia se desenhar como uma goleada do Paraná, se transformou em sufoco. O time do técnico Marcelo Martelotte perdeu intensidade, recuou a marcação e foi encurralado dentro da própria área. Em apenas dez minutos, o Oeste já havia finalizado quatro vezes, levando o goleiro Marcos até a tomar um cartão amarelo por retardamento na reposição de bola.
Aos 27 minutos, a reação do Oeste efetivamente começou. Após a bola girar da defesa até o ataque, Crysan, que havia acabado de entrar, chutou sem chances para Marcos. Aos 35, Marquinhos completou assistência de Mike após uma furada bisonha de João Paulo. Cinco minutos depois, Rodolfo chutou na gaveta e virou a partida. Curiosamente, a virada lançou o Paraná às memórias do primeiro tempo, que colocou a bola no chão e voltou a dominar a partida.
E quando a partida já se encaminhava para o seu fim, no último lance do jogo, após Robson fazer grande jogada pela direita, Lúcio Flávio, que entrou na segunda etapa, empatou a partida.
Após o apito final, entre atônito e aliviado, o atacante avaliou o ponto fora de casa. “Não podíamos tomar o empate, a gente sabe, mas eles vieram para cima, engataram passes bons e empataram. Tomamos a virada e conseguimos empatar no finalzinho”, definiu.
O resultado conseguiu a proeza de desagradar as duas equipes. Se Fernando Diniz aproveitou para cornetear mais um pouco o árbitro pelos quatro minutos de acréscimo, Martelotte ressaltou a importância do ponto fora de casa e reclamou muito da postura da equipe na segunda etapa. “ A intensidade não pode cair tanta. Não foi uma questão física. Força a gente tinha, como se provou no fim do jogo. O empate não é ruim, mas, da maneira como aconteceu, pela vantagem que criamos, é ruim. E não adianta só acreditar no final de jogo”, enfatizou.
Chave do jogo
Fernando Diniz
O lúdico técnico do Oeste bagunçou a própria equipe na primeira etapa. Se o Paraná tivesse saído com 4 a 0, teria sido um resultado natural. Contudo, no segundo tempo, com a colaboração do recuo paranista, o sistema ofensivo do clube, baseado na troca infinita de passes, quase deu a vitória ao time de Osasco.
Craque
Robson
O atacante paranista infernizou a peculiar defesa do Oeste. Presente nos três gols, teve fôlego e a boa condição emocional para fazer a arrancada que culminou no empate paranista aos 49 minutos do segundo tempo.
Bonde
João Paulo
Era certo que o Oeste tinha melhorado muito no segundo tempo, mas a furada do zagueiro no segundo gol abalou ainda mais o Tricolor, que se viu cada vez mais encurralado no campo defensivo.
Guerreiro
Lúcio Flávio
Oportunista, o atacante paranista novamente entrou no segundo tempo e salvou o Paraná de uma derrota traumática.
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