O técnico Fernando Diniz sofreu para formular o time do Paraná que encara o Santa Cruz, na tarde deste sábado (29), às 16h30, na Vila Capanema, pela Série B.
A chegada de três reforços, o risco de ingressar na zona de rebaixamento, a alta movimentação do departamento médico e o descontentamento após a traumática virada sofrida para o Ceará rechearam a cabeça do técnico de dúvidas.
Indícios que apontam para a possibilidade de o Tricolor enfrentar a Cobra Coral bastante reformulado. “Tenho muitas dúvidas. A gente vai ter bastante trabalho”, reconheceu o treinador no treinamento da manhã de sexta-feira (28), no CT Racco.
As mudanças devem começar no gol. O veterano Marcos, contestado nas últimas rodadas, sentiu lesão na coxa e deve ceder lugar para o estreante Felipe Alves. “Sempre disse que tenho dois goleiros titulares. Hoje, o Marcos é dúvida”, indicou Diniz, que aguarda ainda as avaliações médicas do meia Danielzinho e do atacante Henrique.
Situações que podem apressar a estreia do meia Gustavo Sauer, ex-Joinville, e o retorno do atacante Fernando Viana ao time titular. Além de Sauer, elogiado por Diniz pelas performances nos treinamentos, o Paraná acertou com o lateral-direito Crystian, ex-Santos, e com o atacante Danilo, ex-Goiás, que também já treinam com o elenco.
Uma mudança no desenho tático, com a entrada de mais um volante para reforçar o sistema defensivo, não está descartada. “Pode ser que a gente coloque um jogador a mais na parte defensiva, mas não porque estejamos sofrendo defensivamente em campo. A gente apenas quer colocar o melhor time em campo”, justifica o técnico.
A precaução encontra respaldo no poderio ofensivo do adversário pernambucano, que tem o terceiro melhor ataque da Série B, com 28 gols — 11 deles como visitante — e conta com o ídolo Grafite, além do vice-artilheiro da Série B, o velho conhecido Anderson Aquino, com dez gols. “Os quatro jogadores de frente do Santa Cruz são muito decisivos. É um time coeso, que não dá espaços”, elogia Diniz, que durante a semana reforçou os treinamentos na defesa de bolas paradas, ponto fraco do Tricolor na disputa.
“Temos criado situações e trabalhado muito para entender o que está acontecendo. Em seis anos como técnico nunca tive times com problemas de bolas paradas. Temos trabalhos incessantemente. É falta de atenção e descuido”, cobra.
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