Fernando Diniz comandou o Paraná em 17 jogos.| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

O Paraná anunciou a demissão do técnico Fernando Diniz na tarde deste domingo (27), um dia após a derrota para o Atlético-GO, na Vila Capanema. O clube informou a decisão por sua conta no Facebook, com uma imagem do treinador e a frase “Muito obrigado”. Diniz chegou em julho à Vila Capanema para substituir Nedo Xavier. Comandou o Tricolor em 17 jogos, com aproveitamento de 47%: sete vitórias, sete derrotas e três empates.

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Com chances remotas de conseguir uma vaga entre os quatro melhores na Série B e também sem quase correr nenhum risco de rebaixamento, a dispensa de Diniz inicia no clube o projeto para a próxima temporada. “Trabalhamos com o planejamento de montar uma comissão permanente e também pensando em 2016. Vamos dar a oportunidade ao Fernando [Miguel], que faz parte deste projeto e vamos conversar sobre o próximo treinador com calma. Ainda não deu tempo de pensar nisso”, despistou o presidente Luiz Carlos Casagrande, o Casinha.

Segundo o empresário Carlos Werner, principal investidor e líder do grupo ‘Paranistas do Bem’, que trouxe Diniz ao Tricolor, divergências entre comissão técnica e diretoria em pontos do planejamento para o próximo ano foram as principais razões para a saída do técnico. “Temos que começar a pensar no próximo ano com comissão técnica permanente, e alguns pontos entre diretoria e técnico são divergentes”, revelou Werner.

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Conhecido por sua personalidade forte, o ex-treinador paranista teve alguns episódios em que entrou em atrito com seus jogadores, principalmente com o lateral Rafael Carioca e com o volante Jean. Mas os diretores paranistas negam que o temperamento do técnico tenha motivado a troca de comando.

“É o estilo dele e temos que respeitar. Não vejo como um problema o fato de ele ser muito enérgico, acho uma virtude. Sabíamos como ele trabalhava e não podemos agora apontar como um fator [para sua saída]”, comentou o presidente Casinha.

Já Werner acredita que a forma de agir do treinador contribuiu para o crescimento da equipe na competição. “Diniz tem muito crédito e devemos muito a ele, mas o nosso planejamento é ter uma comissão técnica permanente . Se ele não tivesse tal temperamento, não teria ajudado como ajudou. A personalidade dele foi fundamental naquele momento”, afirmou, citando o período em que o técnico desembarcou na Vila Capanema e que o Tricolor chegou a entrar na zona de rebaixamento, ainda sob o comando de Nedo Xavier.

O presidente tratou de agradecer e elogiar o trabalho do ex-técnico tricolor. “O Diniz é um excelente profissional, não tem nada que reclamar dele. Tenho certeza que ele é um técnico que ainda vai dar muitas alegrias ao futebol brasileiro”, concluiu.