O novo técnico do Paraná, Roberto Fernandes, 45 anos, chega ao clube diante da desconfiança da torcida. Consequência da ausência de resultados significativos nos últimos anos de carreira.
Fernandes ganhou destaque em 2007, no comando do Náutico, o que o levou ao Atlético no ano seguinte. No Rubro-Negro, fracassou. O treinador na sequência ainda passou pelo Figueirense e conquistou alguns títulos estaduais no Norte e no Nordeste, mas sem voltar a brilhar nacionalmente
Em 2013, um dos seus últimos bons momentos, o novo comandante paranista evitou um rebaixamento quase certo do ABC na Série B. Feito que não foi repetido no ano seguinte, já no rival América-RN, onde amargou o descenso. Curiosamente, em 2014, o Mecão realizou a mesma aposta que o Tricolor faz neste ano, trocando Marcelo Martelotte por Fernandes na reta final da Segundona. A diferença é que o time potiguar já estava na ZR na ocasião.
Mesmo com a queda, o treinador seguiu no América em 2015, venceu o Estadual e a Copa Rio Grande do Norte, mas na Série C não conseguiu a classificação para as quartas de final. Na atual temporada, não evitou o rebaixamento do Capivariano para a Série A2 do Paulista. Na Série C do Brasileiro, comandou o Confiança, clube que escapou da ida para a Série D apenas na última rodada.
“Ele está tendo uma oportunidade de ouro nas mãos e tenho certeza que vai abraçar”, declarou, em entrevista à Rádio Transamérica, o presidente do Tricolor, Leonardo Oliveira.
“Precisávamos mexer na questão emocional, de grupo. E o Roberto tem essa característica. Um treinador que buscou investir na carreira e estudou muito nos últimos anos”, complementou.
O superintendente de futebol , Hélcio Alisk, reforçou o discurso. “O Roberto já deu mostras da capacidade dele. Ele começou muito novo, mas reconhece onde errou e acertou”, avaliou também em entrevista à Transamérica. “Não estamos trazendo um aventureiro e sim um cara que já treinou equipes grandes e entende que tem chance de voltar a crescer no mercado. Essa é uma chance boa”, resumiu.