Jogando em casa e com o seu maior público no ano na Vila Capanema, o Paraná viu na noite de ontem o otimismo ser dilacerado em duas cabeçadas. Foi pelo alto que a Ponte Preta encontrou a virada no placar: 2 a 1. Justamente a jogada mais cobrada no elenco tricolor e que tem sido problema crônico nesta Série B. Carlinhos Miranda fez para o time da casa; Edno e César decretaram a reação da Macaca.
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"Demos mole", resumiu o volante Edson Sitta. "A gente saiu na frente jogando bem e depois tivemos vacilos. Tomamos gols bestas", completou o lateral-direito Carlinhos Miranda, que teve seu primeiro gol pelo clube ofuscado pelo péssimo resultado. No fim do duelo, parte dos 4.636 torcedores nas arquibancadas vaiou a equipe.
Para o técnico Claudinei Oliveira, o time se perdeu depois de sair na frente. "Tivemos pressa para jogar, erramos muitos passes e não tivemos a posse de bola. Forçamos o jogo quando não precisávamos", continuou, insatisfeito com o desequilíbrio emocional em campo.
Problema típico de quem aposta em um elenco inexperiente, especialmente no banco de reservas. "Precisamos de opções em várias posições. Já estamos atrás. Temos bons jovens e sabemos que eles ainda oscilarão. Não podemos botar todo o peso neles", explicou.
A maneira repetida de sofrer os gols também gerou fortes cobranças no vestiário, inclusive entre os próprios atletas. "São lances que ressaltamos nos treinos. Com todo o respeito à Ponte Preta, mas ficaria preocupado se os jogadores achassem normal perder para a Ponte Preta em casa. Não é", disparou Oliveira, expulso pelo árbitro Francisco Almeida Filho após o segundo gol visitante, quando reclamou de uma inversão de falta no lance.
A derrota, junto com uma rodada desfavorável, colocou o Paraná na 15.ª posição, com os mesmos oito pontos do Boa, primeiro time na zona de rebaixamento. Em parte, reflexo de um extracampo turbulento, com salários atrasados e dirigente e jogadores deixando o clube.
Paraná 1x2 Ponte Preta