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Afinho em destaque na foto do time campeão do Centenário em 1953. Ele foi o craque daquele ano. Foto: http://historiadoparanaclube.blogspot.com.br/ | /
Afinho em destaque na foto do time campeão do Centenário em 1953. Ele foi o craque daquele ano. Foto: http://historiadoparanaclube.blogspot.com.br/| Foto: /

O futebol paranaense perdeu nesta quinta-feira (25) um de seus maiores nomes. Adolpho Krüger Pereira, o Afinho, artilheiro e ídolo do Ferroviário (um dos clubes que deu origem ao Paraná) nos anos 1950, faleceu aos 90 anos, deixando um legado a Curitiba tanto no futebol quanto no judiciário, pois depois de encerrar a carreira abraçou o direito e chegou a desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná, cargo no qual se aposentou.

O velório de Afinho acontece no cemitério Parque Iguaçu, e o enterro será no mesmo campo santo, às 16h desta sexta-feira (26).

Nascido em 11 de julho de 1926, em Paranaguá, Afinho começou jogando no clube Juventus, em 1947. Logo se destacou e foi para o Ferroviário, à época tentando montar uma equipe para acabar com a hegemonia do Atlético e seu famoso “Furacão” de Caju, Jackson e Cireno. Chegou em 1948 e ficou até 1955, com uma rápida interrupção na carreira em 1951.

E Afinho participou da geração que fez do Ferroviário o melhor time do estado. A equipe tricolor conquistou os campeonatos paranaenses em 1948, 1950 e 1953, sendo ainda vice em 1949 e 1955. Em todos estes torneios o artilheiro brilhou – foi o goleador do Estadual de 1952 com 20 gols, mas a marca do ídolo se afirmou principalmente no título do Centenário de 53.

Aquele time encantou os torcedores. Treinado por João Lima, tinha a seguinte escalação: Robertinho, Tico e Marcelino; Lalo, Tocafundo e Alceu Zauer; Maurilio, Isualdo, Juarez, Afinho e China. Afinho marcou quinze gols naquele Paranaense, e o Ferroviário conquistou o título numa vitória sobre a Cambaraense por 2×1, com uma Vila Capanema lotada.

Ao deixar o Ferroviário, Afinho teve uma rápida passagem pelo Atlético ainda em 1955, mas logo encerrou a carreira e seguiu para o Direito. Foi galgando posições até virar o doutor Adolpho Krüger Pereira, desembargador do Tribunal de Justiça. Mas ele nunca deixou de viver o futebol, sendo recentemente homenageado pela confraria Amigos da Bola, liderada pelo ex-jogador Capitão Hidalgo.

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