Lucas Otávio lamenta o gol vascaíno; ao fundo, festa dos donos da casa sob o olhar do goleiro Marcos| Foto: Fernando Soutello/ Agif/ Estadão

O jogo

O time carioca começou melhor, mas foi dominado pelo Paraná a partir da metade do primeiro tempo. Em falha de Marcos, o Vasco abriu o placar. No fim do jogo, Breno jogou na trave o empate do Tricolor.

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Por motivos distintos, os vascaínos Martín Silva e Kléber Gladiador roubaram a cena na derrota do Paraná ontem, por 1 a 0, em São Januário. O goleiro uruguaio, principal responsável por manter o Tricolor na zona de rebaixamento da Série B, foi aplaudido pela atuação impecável. Já o atacante protagonizou uma polêmica que abalou o clube paranaense na busca de pelo menos um empate no Rio de Janeiro.

Aos 25 minutos do segundo tempo, quando o Vasco já vencia o duelo com gol de Douglas Silva (34/1º), Kléber atingiu o rosto do zagueiro Alisson com o braço. O árbitro Elmo Resende Cunha não marcou nada, o lance seguiu e o próprio Gladiador levou vantagem na jogada que acabou com o pênalti cometido por Anderson Rosa – o defensor acabou expulso sem advertência prévia.

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Para o técnico Claudinei Oliveira, nem mesmo a defesa de Marcos na penalidade máxima cobrada por Kléber diminuiu a influência do lance para o revés do Tricolor, que teve boa atuação apesar do início muito defensivo e da falta de pontaria. "Foi um lance capital para nossa derrota", afirmou Oliveira, que criticou duramente o camisa 30 do Vasco. Após o jogo, Kléber chegou a relativizar a gravidade da jogada ao citar que o atleta paranista não havia "sangrado".

"Agressão é agressão. Não importa se é mordida, tapa ou soco. Lamento muito que um jogador do nível dele precise desse tipo de atitude", disparou Oliveira. "Nunca vi arbitragem tão caseira. Ele soltou o braço. A bandeirinha [Janette Arcanjo] também não teve atitude para marcar", reclamou o zagueiro Alisson, que caiu no lance e não viu Marcos Serrato escorregar e perder a bola.

Se por um lado o técnico paranista saiu irritado, por outro conseguiu ver evolução na equipe que segue amargando a 17.ª colocação, com 13 pontos. Não fossem as defesas do arqueiro vascaíno, o resultado poderia ser muito diferente.

Em duas jogadas pelo alto, Arthur e Alisson foram surpreendidos com a velocidade de reação do camisa 1. "O goleiro deles fez milagres", resumiu o atacante Tiago Alves. "A gente lutou até o final e nosso time teve bastante oportunidades. A bola que não entrou no finalzinho foi brincadeira...", lamentou o atacante Júlio César, que cruzou a bola que Breno mandou na trave aos 47 minutos do segundo tempo.

No próximo sábado, às 16h20, o Paraná recebe o lanterna Vila Nova para, de novo, tentar deixar o grupo dos últimos quatro colocados. O Tricolor ocupa a zona da degola há seis rodadas.

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