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Dado Cavalcanti, técnico paranista, espera minimizar a falta de conjunto da equipe | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Dado Cavalcanti, técnico paranista, espera minimizar a falta de conjunto da equipe| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Com pouco mais de duas semanas de trabalho desde que foi contratado, o técnico do Paraná, Dado Cavalcanti, admite que nesses primeiros seis jogos da Série B o entrosamento do time não será o ideal. Para contornar isso, o treinador usa à exaustão uma palavra: intensidade. É a capacidade de um time agredir constantemente o adversário e lutar o tempo todo pela posse de bola, sem deixar cair o ritmo. Será uma arma para que o Tricolor se iguale num primeiro momento a equipes que não passaram pela mesma revolução que o time da Vila Capanema, que teve 13 reforços para a Série B.

Do elenco que recebeu, qual ponto te chamou a atenção?

Eu achei garotos bastante qualificados e que fui conhecendo com o contato diário. São jovens que entraram até de forma precipitada em termos de pressão. Entraram para resolver, como foram o Carlinhos e o Júlio [César]. Com um grupo mais experiente, eles seguirão entrando, mas sem a pressão de serem protagonistas. Pela qualidade que demonstraram, podem jogar.

Os reforços que recebeu, estão dentro do desejado?

Dentro do nosso cronograma, tudo está correndo bem. Fizemos tudo o que devia ser feito. A condição de trabalho está sendo dada. Espero que corra tudo bem.

Em que nível está o Paraná para a Série B? Quem pode brigar pelo acesso?

Nós estamos no mesmo nível de grandes adversários, mas atrás de outros no ponto de vista de sequência de jogo e conjunto. Isso tudo vem durante a competição. Nossa intenção é brigar pelo acesso, mas não existe garantia no futebol e três jogos são suficientes para mudar o rumo de uma equipe. Vejo várias equipes acima, mas a maioria é do mesmo nível. Vamos esquecer ‘camisas’ e veremos equipes com entrosamento e maior poder de barganha, de mudar facilmente de rumo com umas quatro contratações. O Palmeiras tem qualidade de elenco e pode mudar tudo num estalar de dedos, por ter poder financeiro superior. O Sport é um dos grandes favoritos e anda com dificuldades. O mesmo vale para o Avaí, também eliminado da Copa do Brasil. O América-MG teve problemas no Estadual, mas vem bastante encorpado, com padrão de jogo. Vejo essas equipes no momento acima do Paraná.

Como será administrar essas primeiras seis partidas e uma pausa longa por causa da Copa das Confederações? Como o Paraná começa a competição?

Com intensidade. Nossa equipe não tem entrosamento e não terá nos primeiros jogos. Aí, tem de ser intenso. São seis jogos ininterruptos. Não dá para respirar. Quando perceber, teremos um recesso bacana para fazer possíveis correções de rota e contratações pontuais, aquelas para vestir a camisa. Temos de ser intensos para diminuir a distância para os adversários.

Há uma receita para se subir para a Série A?

Se souber, me avisa [risos]. Vamos trabalhar e sermos dedicados. O espírito e o ambiente estão interessantes. Os torcedores estão motivados e esperançosos. Temos de vencer para que o processo de retroalimentação aconteça e a torcida continue indo a campo.

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