Principal investidor do grupo Paranistas do Bem, que assumiu o Paraná em março deste ano, após a renúncia de Rubens Bohlen, o empresário Carlos Werner quer continuar investindo no clube em 2016. Mas impõe uma condição: somente se um candidato da sua preferência for eleito presidente. A eleição no clube será no dia 23 de setembro.
O nome favorito no momento é o de Leonardo Oliveira, 36 anos, vice-presidente financeiro e braço direito de Werner. “A situação vai ter chapa. Temos alguns nomes, estamos estudando, acolhendo, vendo os projetos e ideologias. Pretendo ajudar o Leonardo [Oliveira] e o grupo dele. Mas ainda não foi definido um nome”, explica Werner, à Gazeta do Povo.
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“Gostaria que, se outros nomes surgissem, que fossem jovens e com experiência em trabalho administrativo”, prossegue Werner, citando justamente o perfil de Oliveira. “Nesse caso, gostaria de ajudar no lado do investimento. Se o Paraná me devolver de uma forma ou de outra os investimentos que tenho feito eu garanto: vou reinvestir esse dinheiro novamente no clube, desde que o grupo que for assumir tenha um bom projeto”, complementa.
Oliveira, por sua vez, adota tom cauteloso sobre a possível candidatura à presidência. “Estamos trabalhando com essa possibilidade também. Enquanto a chapa não for inscrita e aprovada eu não considero prudente comentar sobre isso”, argumenta.
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Leia a matéria completaO prazo para inscrição das chapas se encerra na próxima segunda-feira (24), às 9 horas. Já os sócios que desejam se cadastrar para ter o direito a voto têm até o próximo sábado (22), às 20 horas, para fazê-lo.
Um dos entraves para um consenso entre o grupo de situação é o desejo do atual presidente, Luiz Carlos Casagrande, o Casinha, seguir no cargo. O dirigente comemorou na tarde de terça-feira (18) a notícia de que não teria impeditivos legais caso queria concorrer à presidência nas próximas eleições. “Quem sabe eu mesmo não possa ser um candidato?”, disse.
Casinha andava preocupado com a possibilidade de ser impedido pela Lei Pelé de concorrer à presidência. Isso porque em 2014, na gestão de Rubens Bohlen, o Tricolor atrasou a publicação do balanço financeiro referente ao exercício do ano anterior. Segundo a Lei Pelé, a decorrência do atraso seria o impedimento do presidente em questão de concorrer à reeleição. Como Bohlen renunciou, a sanção poderia recair sobre Casinha, vice-presidente da época.
A expectativa do grupo Paranistas do Bem é de que Casinha apoie a chapa que deve ser encabeçada pelo vice-presidente financeiro Leonardo Oliveira. No entanto, caso o desejo do mandatário seja o de manter-se no cargo, nada impede que Casinha atue em uma possível chapa de oposição aos financiadores do futebol paranista.
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