O jogo entre Paraná e Guarani, às 16h30 deste sábado (10), não é marcado apenas pela volta do Tricolor para a Vila Capanema após três semanas. Por causa da parceria com o empresário Naor Malaquias, que pela segunda vez comprou uma partida do clube, o confronto provoca uma série de dúvidas. Veja abaixo algumas respostas para entender a parceria do Tricolor.
TABELA: Veja como está a classificação da Série B
1- Quem é o parceiro que comprou o jogo?
O empresário Naor Malaquias, que já tinha comprado o jogo contra o Atlético-MG no Couto Pereira, é agente Fifa e trabalha agenciando jogadores, principalmente de categorias de base, para gerenciar a carreira e, se possível, leva-los para a Europa.
2- Quanto ele paga?
Os valores para cada jogo não são confirmados pelas partes por uma cláusula de confidencialidade do contrato. Especula-se que este jogo contra o Guarani tenha rendido R$ 200 mil ao clube. Em troca, o empresário fica com a bilheteria do jogo.
3- Qual a vantagem do Paraná Clube nesta parceria?
Com dificuldades por ter receitas bloqueadas, o Paraná consegue um valor garantido para pagar as suas contas independentemente do público no estádio.
4- Qual a vantagem do empresário?
Apesar de correr o risco de ficar no prejuízo em caso de público pequeno, por outro lado Malaquias fica mais próximo do Tricolor, o que pode ajudar no futuro na negociação de jogadores. O empresário já falou diversas vezes que vê a ajuda ao Paraná como “um investimento a longo prazo”.
5- A parceria envolve jogadores?
Não. Por mais que Malaquias possa ter o interesse em alguns jogadores da base do Paraná, não há nenhuma cessão direta de direitos econômicos de atletas por causa da compra do jogo.
6- O que o leilão do Boqueirão tem a ver com o negócio?
O Paraná esperava concretizar o leilão para pagar algumas dívidas que estão penhorando receitas do clube. Até hoje, por exemplo, o Tricolor ainda não recebeu a receita da Série B e da premiação por chegar nas oitavas de final da Copa do Brasil. Como não houve interessados no último leilão, o Paraná viu na venda do jogo mais uma oportunidade de conseguir renda para pagar suas contas.
7- Por que o jogo não foi para o Couto Pereira?
Diferentemente do jogo contra o Atlético-MG, pela Copa do Brasil, o confronto com o Guarani não tem o mesmo apelo de público que justifique um estádio maior. Além disso, a diretoria do Coritiba tem tomado cuidado com empréstimos do estádio porque o gramado deve ser trocado a partir do dia 19.
8- Outros jogos serão vendidos?
Sim. O empresário Naor Malaquias já confirmou que o jogo contra o Figueirense, pela oitava rodada, na sexta-feira (16), já está vendido. Ainda existe a possibilidade de que outras partidas sejam negociadas.
9- Quais as promoções de ingressos?
A partida contra o Guarani marcará a participação paranista na Campanha do Agasalho, com doações podendo ser feitas na Vila Capanema. Além disso, qualquer torcedor que for com a camisa com as cores paranistas paga meia-entrada. Outra promoção é a volta do setor Pai e Filho, em que o pai paga R$ 50 para entrar com o seu filho acima de 6 anos no setor das sociais. Se o pai levar mais de um filho, paga R$ 25 a mais por cada um. Os ingressos custam de R$ 50 a R$ 90, com a disponibilidade de meia-entrada para qualquer setor.
10- Ficha técnica
Paraná: Richard; Cristovam, Rayan, Eduardo Brock e Assis; Gabriel Dias, Leandro Vilela, Guilherme Biteco (Minho) e Matheus Carvalho; Robson e Felipe Alves. Técnico: Cristian de Souza.
Guarani: Leandro Santos; Lenon, Genilson, Diego Jussani e Salomão; Auremir, Evandro, Braian Samudio, Bruno Nazário e Claudinho; Eliandro. Técnico: Vadão
Árbitro: Alinor Silva da Paixão (MT)
Auxiliares: Marcelo Grando (MT) e Renan Antônio Angelim Rodrigues (MT)
TV: Premiere
Fique de olho:
Richard
Contratado para substituir Léo e Marcos, lesionados, o goleiro Richard fará a sua primeira partida pelo Paraná na Vila Capanema. No primeiro jogo, contra o Londrina, o arqueiro teve um bom desempenho, só tendo dificuldades nas saídas de bola por causa da falta de entrosamento com o restante da equipe.
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