Goleiro Marcos não confirma aposentadoria no fim do ano.| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Jogador símbolo do Paraná , o goleiro Marcos não esconde os sentimentos pela péssima campanha do clube na Série B – a sete rodadas do término da competição a equipe ainda briga contra o rebaixamento. O arqueiro de 40 anos, formado na base do Tricolor, se diz machucado por não conseguir, mais uma vez, levar o time do coração à elite.

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Após anos no futebol europeu, entre 2003 e 2012, ele retornou ao Brasil em 2013 para encerrar a carreira em casa. “Devo tudo que tenho a esse clube. E vir dar explicações nesse momento do campeonato me machuca. Porque realmente no início o sonho era de chegar em um momento como este e estar brigando lá em cima. Agora, me dói vir aqui e dar explicação ao torcedor. Explicação que não vai confortar, e por mais que explique várias situações, não vai tirar a mágoa da torcida”, desabafou Marcos, em entrevista coletiva nesta quarta-feira (19), na Vila Capanema.

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O goleiro, que volta ao time titular neste sábado (22), às 16h30, contra o Vasco, em Cariacica-ES (a diretoria paranista vendeu o mando de jogo), ressaltou que abriu mão de muita coisa para tentar realizar seu sonho. Mesmo assim, têm convivido com críticas de parte da torcida.

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“Isso machuca. Eu também dou a vida pelo clube. Abri mão de qualidade de vida, de salário, fiquei sem receber, bem dizer os dois primeiros anos que passei deu para contar [na mão] os salários que recebi. Tive oportunidade de sair, mas não sai por um sonho do acesso. Claro que sozinho não consigo e sei que os resultados ruins sobra pra todos... Agora, quando os resultados não vêm, a equipe perde mais do que ganha, a defesa é a mais vazada do campeonato, a cobrança vem e tenho de estar preparado pra isso”, completou o arqueiro.

Sem confirmar ou desmentir a aposentadoria para o fim da temporada, o veterano fez uma distinção de seus dois primeiros anos no clube desde o retorno com a atual temporada. Com os salários em dia, o elenco precisa assumir sua parcela de culpa.

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“Nós atletas temos de assumir a responsabilidade, sim, porque o clube honrou desde o início do ano todos os salários e deu todas as condições para podermos trabalhar. Então a culpa aqui não é só da diretoria, também é nossa. Temos de entrar lá no campo e honrar essa camisa, que para mim tem muito valor”.