O executivo de futebol Rodrigo Pastana é a chave do sucesso do Paraná neste início de temporada. Contratado no final do ano passado para reestruturar e profissionalizar o departamento de futebol paranista, o homem-forte do Tricolor concedeu entrevista, por telefone, à Gazeta do Povo. Pastana, conhecido também como o “rei do acesso” ,revela as estratégias para contrações, promete que o clube não vai repetir os erros dos anos anteriores, fala sobre a sintonia com o técnico Wagner Lopes e cobra pés no chão quanto às chances de acesso na Série B.
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Confira a entrevista:
O presidente Leonardo Oliveira falou que já tem clubes da Série A interessados em jogadores do Paraná. Já aconteceu nos anos anteriores de o clube perder jogadores que se destacaram no Estadual e enfraquecer o elenco para a Série B. Como será feito este trabalho?
Temos uma limitação financeira que nos faz correr esse risco. Mas nós temos acompanhado bastante os outros campeonatos e possíveis reforços. Principalmente o Paulistão, que tem um nível melhor. Em outros anos eu concordo que a reposição não tenha sido à altura. São cinco anos que eu Wagner [Lopes, técnico do Paraná] trabalhamos com jogadores da Série B e de outros estaduais. Então nós temos uma lista grande de jogadores para contratar. Analisamos as últimas três temporadas de cada atleta porque muitas vezes o jogador não está bem neste ano, por vários motivos, mas pode render e ser útil.
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No ano passado o Paraná adotou a estratégia de montar um elenco mais barato para o Estadual para depois investir em jogadores para a Série B. Isso vai acontecer novamente?
Não. A gente montou esse grupo visando a Série B. Então acho que 70% da base vai ser mantida. Mas nós vamos reforçar e estamos procurando jogadores. Nós temos uma equipe bem equilibrada e estamos satisfeitos. Mas se surgirem outras oportunidades vamos trazer jogadores. Eu e o Wagner temos uma sintonia fina quanto aos atletas no mercado.
O atacante argentino J. J. Morales disse que gostaria de voltar ao Paraná. Existe alguma negociação com ele?
Não. Não tem nenhuma chance de ele ser contratado.
Dá para acreditar no acesso para a Série A?
É muito cedo. O Paranaense não te exige como a Série B te exige. Tem de ir com calma, passo a passo. Nós tivemos alguns jogos que conseguimos testar o elenco e fomos bem. Mas precisamos ter calma.
Técnico do Paraná diz que ASA é o favorito em duelo da Copa do Brasil
Leia a matéria completaO Paraná é líder no Estadual, avançou para a terceira fase da Copa do Brasil – o que não acontecia desde 2012 – e tem boas chances de classificação na Primeira Liga. Você esperava que este início fosse tão produtivo?
A gente sempre espera começar bem, pela metodologia de trabalho que nós temos. Mas os resultados virem tão rapidamente foi um pouco de surpresa. Nós montamos um time muito recente, foram poucos os jogadores que permaneceram. Começamos tudo do zero. Do time titular nós só temos o Diego Tavares e o Leandro Vilela, este último que ainda tinha sido emprestado.
Como você se define como profissional e como é seu método de trabalho?
Eu sou um gestor formado em um clube-empresa, que é o Barueri. Então eu sei que eu tenho que dar resultado. Eu me vejo como peça importante para manter a harmonia no clube. A minha obrigação é manter o bom ambiente e ter um pensamento lúcido e real. Não posso achar que estamos na Inglaterra, Espanha. Temos de saber que estamos no Brasil e trabalhar com a nossa realidade.
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