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No fim da vida, Marinho tinha problemas de visão e locomoção. | Albari Rosa/ Gazeta do Povo
No fim da vida, Marinho tinha problemas de visão e locomoção.| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo

O ex-jogador Marinho, ídolo de Pinheiros e Colorado, morreu nesta segunda-feira (3), em Curitiba, aos 63 anos, vítima de câncer na coluna. Marinho estava internado na UTI do Hospital São Lucas, em Campo Largo, e seu estado se agravou há cerca de uma semana.

Veja matéria publicada em agosto sobre o drama do jogador

Nascido em Curitiba, Marinho começou a jogar futebol no Britânia, no fim dos anos 60. Quando o Tigre se fundiu com Palestra Itália e Ferroviário, em 1971, dando origem ao Colorado, Marinho preferiu não se profissionalizar. Seguiu trabalhando no Bamerindus e jogando no Nacional do Boqueirão. Em 1974, enfim assinou seu primeiro contrato profissional, aos 22 anos, para jogar no Colorado. Foi o início de uma carreira longa, de um meia clássico que só parou de jogar aos 40 anos, depois de ser ídolo e campeão pelo Pinheiros.

Atualmente comentarista da Rádio Banda B, o ex-lateral Dionísio Filho ressalta a categoria do companheiro de Pinheiros. "Foi um dos maiores jogadores com quem tive o prazer de jogar. Ele comandava o nosso time, um capitão com uma habilidade incrível. É um momento triste".

Fora do futebol, Marinho conviveu com diversos problemas financeiros e de saúde. Contava sempre com a colaboração de amigos, especialmente Chiquito, com quem jogou profissionalmente no Colorado, em 1982.

"Juntei um grupo de amigos e a gente ajudava com o que era possível, uma cesta básica, algo assim. Infelizmente, os ex-jogadores ficam sem suporte algum. No velório do Washington [ex-jogador do Atlético, que morreu em maio deste ano] a Federação Paranaense de Futebol não mandou nem uma coroa de flores", diz Chiquito.

O corpo de Marinho está sendo velado na capela do cemitério municipal do Boqueirão, em Curitiba. O enterro será no mesmo local, às 11 horas da manhã desta terça-feira (4).

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