Em 19 de dezembro de 1989, enquanto colorados e pinheirenses acertavam os últimos detalhes da fusão que daria origem ao Paraná, André Luiz Fuhrmann iniciava sua jornada no mundo, em um hospital de Curitiba.
Filho de pai flamenguista, Fuhrmann tinha tudo para seguir os passos da família e aderir à massa do Rubro-Negro carioca. A história, porém, seguiu um rumo diferente.
Motivado pelo verdadeiro arrastão de conquistas do Tricolor nos primórdios dos anos 90, aos poucos o garoto se aproximou do time da Vila Capanema. Não deu outra. Logo cedo, acabou se tornando o primeiro paranista da família.
"Sou o primeiro tricolor. Eu tinha muitos amigos que torciam pelo clube e na época o Paraná estava muito em alta. As duas coisas coincidiram para essa aproximação com o time", conta Fuhrmann, 24 anos, engenheiro químico.
Com o trunfo de ter nascido exatamente no mesmo dia da fundação do clube, o garoto aproveitava a coincidência para contar vantagem sobre os amigos de infância.
"Às vezes eu comentava com o pessoal que havia nascido na mesma data do clube por escolha própria. Brincava que havia escolhido esta data para nascer por causa do Paraná", relembra.
Os tempos áureos do clube, entretanto, ficaram para trás. Em 2014, ano em que alcança um quarto de século de existência, o Paraná completa sete anos no segundo escalão do futebol nacional. A série de resultados negativos e decepções acabou afastando Fuhrmann do estádio.
"Parei de frequentar o estádio, não é mais uma prioridade minha. Além do Paraná ter perdido força, fui ficando mais velho, revendo prioridades. Tem sido difícil torcer para o clube na situação em que se encontra nos últimos anos", admite Fuhrmann.
"Acabei percebendo que eu doava mais ao clube do que o clube era capaz de me retribuir. Pagava ingresso, contribuía e me esgoelava no estádio. Mas percebi que os resultados, nada", lamenta o engenheiro.
A última grande lembrança de Fuhrmann nas arquibancadas da Vila aconteceu em 2007, ano em que a equipe disputou a Libertadores. "Foi um momento inesquecível para mim", afirma. Apesar das recentes decepções com o time, o engenheiro ainda revela o desejo de que seu filho dê continuidade à linhagem paranista da família.
"Ainda não tenho filhos, mas gostaria muito que fossem paranistas", sonha.
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