Dado Cavalcanti foi apresentado ontem pelo Tricolor| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Apresentado na manhã de ontem, o novo técnico do Paraná, Dado Cavalcanti, cravou: "É o maior desafio da minha carreira até agora". Uma carreira curta. Aos 31 anos, o jovem treinador chegou com a missão de levar o Paraná de volta à Primeira Divisão nacional, de onde está ausente desde a queda em 2007.

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A missão foi uma escolha do pernambucano, que veio credenciado pelo quase acesso à Série B pelo Luverdense (MT) no ano passado e pela ótima campanha pelo Mogi Mirim no Campeonato Paulista, em que foi semifinalista, batido apenas nos pênaltis pelo Santos.

"Houve assédio de outras equipes, algumas de Série A. Mas escolhi o Paraná pela possibilidade de ser protagonista. É a primeira Série B que disputarei com esta finalidade. É melhor trabalhar aqui, brigando no alto, do que estar em divisão acima com uma equipe que, de cada três partidas só ganha uma", afirmou Cavalcanti, que já esteve com o Icasa na Segundona, em 2011. Além de Dado, chegaram o auxiliar técnico Wilton Bezerra e o preparador físico Fred Pozzebon.

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"O Campeonato Paulista é como se fosse a Série A dos estaduais, pela visibilidade e dificuldade. A Série B também tem muita visibilidade, ainda mais com o Palmeiras neste ano, e é competitiva, com vários times investindo forte. Acredito que possamos nos sobressair até mesmo contra adversários com mais poder econômico", explicou o treinador.

O primeiro elo entre os trabalhos anteriores e a nova empreitada de Cavalcanti é o meia Rubinho – foi jogador do técnico no Luverdense. "É um jogador que considero fundamental. É um meia bastante agudo, que pega bem na bola e joga em função do gol. Ele tem um excelente relacionamento com o meu auxiliar, com quem costuma conversar muito, e é um atleta que com bastante confiança costuma ir muito bem", revelou.

Outros elos devem surgir, como o lateral-direito Roniely, vindo do Mogi Mirim, em negociação com o Tricolor. E outros nomes da equipe paulista podem se juntar aos nove reforços que já desembarcaram na Vila Olímpica. "Claro que eu gostaria de trazer bastante gente de lá, mas alguns receberam propostas tão incríveis que o Paraná nem sequer tem como competir. Além disso, não é simplesmente trocar a camisa e vir. Aqui no Paraná há vários jogadores interessantes que admiro e tenho bastante ansiedade pelo primeiro contato", disse, sem citar nomes.

Dado por Dado

Logo na primeira entrevista, Dado diz como será sua gestão.

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Formação tática

"Depende das características do grupo. Claro que algumas coisas de filosofia não mudam. Nos treinos, sou adepto das repetições. Elas levam ao acerto."

Escalação

"O treino é a maior parte da escalação e o jogo é o espelho do treino. Eu não escalarei a equipe para mim e sim para o Paraná."

Modo de conversar

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"Sou do diálogo. Converso muito com os atletas. Mas na hora que precisar ser duro, serei."

Reforços

"Acertar reforços é difícil. Se 60% estiver certo, me dou por satisfeito. O Messi pode vir para o Paraná e não encaixar. Vai que ele não se adapta ao modo de jogar da equipe ou não se dá bem com os companheiros."

Juventude

"Acho que levarei mais uns 4 ou 5 anos para me livrar dessas perguntas de ser mais jovem do que os jogadores. O segredo é tratar todos como iguais, como jogadores."

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