Cada vez mais atuante na política do Paraná, a torcida Fúria Independente também se consolida como uma das gestoras do clube. A facção tem hoje um braço dentro do Conselho Deliberativo tricolor, setor que toma as principais decisões administrativas, alvo principal de críticas por parte da organizada.
"Temos alguns conselheiros, mas não posso especificar quantos. A nossa parte principal é a torcida, ajudar o clube no que for necessário. Nossa briga não é contra o clube, mas sim pelo bem do clube", explica o presidente da torcida, João Luiz Carvalho, o Quitéria.
"O Conselho conta com mais de 400 pessoas e nem 10% comparecem às reuniões. Além disso, os membros estão mais focados em alterar pontos e vírgulas de documentos, do que em pensar verdadeiramente o futuro do clube. Se mudanças importantes forem aprovadas , elas acabam parando na assembleia geral, que é a votação das medidas pelos sócios olímpicos", ataca.
Quitéria descarta, no entanto, a ideia de que a torcida pretende um dia lançar um candidato à presidência. "Não temos essa intenção", garante.
O presidente do Conselho Deliberativo, Benedito Barboza, rebate as críticas. "O conselho discute os assuntos que são postos em pauta. O futuro do Paraná é uma questão de planejamento, o que é uma responsabilidade do conselho diretor, ou seja, da diretoria. Os diretores devem traçar um planejamento que considerem viável e repassar para nós, pois não adianta o conselho traçar projetos que não possam ser colocados em prática. Esta é a diferença da atribuição deliberativa da executiva", diz.
Sobre a presença de membros da Fúria no Conselho , o dirigente afirmou não possuir a informação de quantos têm direito a voto nas reuniões. "O requisito é ser sócio olímpico, então é difícil identificar quem é da Fúria. A única forma de ser conselheiro é ser sócio do Paraná", diz.
Já sobre o baixo quórum nas reuniões, outro ponto questionado por Quitéria, Barbosa valida a crítica do torcedor. "O atual conselho é composto de 450 membros e as reuniões acabam não tendo comparecimento significativo. A reforma estatutária que está sendo discutida neste momento tem como um dos pontos a diminuição do número de conselheiros para 300. A questão inclusive já foi aprovada por nós e vai passar por assembleia geral para votação".
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