Depois de os jogadores do Coritiba cobrarem do presidente Vilson Ribeiro de Andrade o pagamento de salários atrasados no Atletiba de sábado (4), o assunto também voltou à tona no treino do Paraná na manhã desta segunda-feira (6). Questionado sobre o problema no Tricolor, que deve pagar uma das folhas atrasadas nesta terça-feira (7), quinto dia útil de outubro, o zagueiro Alisson garante que o problema não vai atrapalhar o grupo na reta final da Série B.
"A gente sabe que nossas dificuldades vêm até mesmo de fora do campo e se refletiram em campo. Mas a gente não pode deixar isso nos abater, a gente não pode deixar o extracampo nos abalar. Temos que enfrentar essa situação com seriedade", afirmou o zagueiro, antes de o Paraná encarar o Oeste, às 19h30, na Vila Capanema.
O Tricolor é o atual 16º colocado, com 32 pontos, a três do América-RN, equipe que abre a área da degola, com 29 pontos nesta terça-feira (6), caso o Paraná perca para o Oeste, e a equipe potiguar vença o Luverdense, às 21h50, fora de casa, com saldo de gols suficiente, o Tricolor entra na zona de rebaixamento.
Alisson, que volta à equipe titular após cumprir suspensão, ainda afirma que o fato de não ter recebido os ordenados em dia durante a Série B não afetou a sua performance em campo. "Nem me preocupo muito com essa situação, não me deixo levar pelos salários atrasados. O grupo está unido, mas salários atrasados não fazer o grupo deixar de lutar. A gente vai em busca da vitória, independentemente de recebermos em dia ou não", crava Alisson.
Durante a temporada, o elenco paranista chegou a ameaçar uma paralisação após a parada da Copa, caso a diretoria não cumprisse com seus compromissos financeiros. Após alguma tensão, um acordo entre as lideranças do time, diretores e membros do Sindicato dos Atletas Profissionais do Paraná (SAPEPAR) selou temporariamente a paz entre as partes. Até mesmo um documento assinado pelos membros presentes no encontro serviria como garantia para os atletas.
No entanto, mesmo com o documento assinado, os atrasos voltaram a se repetir, gerando críticas por parte de líderes do grupo como o atacante Giancarlo, o zagueiro Gustavo (agora no rival Atlético) e o capitão Lúcio Flávio.
Apenas com a chegada do treinador Ricardinho e do gerente de futebol Marcus Vinícius o assunto foi abafado no clube, apesar dos problemas persistirem.