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Rubinho tem a dedicação elogiada pelo preparador físico Fred Pozzebon | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Rubinho tem a dedicação elogiada pelo preparador físico Fred Pozzebon| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Uma cena tem sido recorrente na campanha do Paraná dentro da Série B. A certa altura do segundo tempo das partidas, o número 7 acende na placa erguida pelo quarto árbitro e Rubinho deixa o campo para a entrada de um companheiro. Repetida em sete das oito rodadas, a substituição não tem relação com o futebol apresentado pelo meia, mas sim com sua condição física.

"O Rubinho tem feito bons jogos, mas em determinados momentos ele sente fisicamente. Quando tem de imprimir velocidade, o rendimento dele é igual ao dos outros. A recuperação dele que é mais lenta", explica o preparador físico Fred Pozzebon. "Fazemos um trabalho para que ele mantenha a intensidade da ação anterior", complementa.

O trabalho citado pelo preparador físico é diário. Além da programação normal dos demais jogadores, Rubinho faz sessões específicas para ganhar resistência e massa muscular. São trabalhos de academia com aparelhos de ginástica ou na esteira, tiros curtos de corrida no gramado e uma alimentação específica, mais calórica, para repor a energia perdida em campo. Em semanas inteiras sem jogo, como essa, o complemento é reforçado às segundas e quartas-feiras.

Segundo Pozzebon, os índices de Rubinho já apresentam uma melhora considerável. Ano passado, quando foi treinado por Dado Cavalcanti no Luverdense, o meia pesava 62 kg. Hoje está com 68 kg. Com mais um atinge o peso considerado ideal. "Foi ganho de massa muscular, tanto que ele segue com um porcentual de gordura baixo, entre 9% e 10%", diz o preparador. O porcentual de Rubinho é considerado o ideal para um jogador de futebol profissional.

Outro parâmetro de evolução é o VO2, que mede a capacidade do organismo de transportar e utilizar oxigênio durante o esforço físico. "Quanto maior, melhor", indica Pozzebon. Rubinho está com 60, perto do patamar ideal que varia de 65 a 67.

O processo poderia ser acelerado caso Rubinho ficasse um período sem jogar, algo considerado inviável pela comissão técnica. Com o trabalho feito atualmente, a previsão é de que em mais 30 ou 40 dias o meia atinja a condição ideal, sem que as substituições tenham de continuar sendo um artifício para poupá-lo. Um caminho que se torna mais curto diante da dedicação do jogador.

"A entrega do atleta em querer fazer os exercícios e querer evoluir fisicamente tem feito toda a diferença", elogia Pozzebon. "Faço o meu trabalho e o Dado faz o dele, tem as opções dele. Respeito qualquer opção. Tenho dificuldade na resistência, mas faço os complementos para melhorar. Não é por cansaço que eu vou ficar fora do time", diz Rubinho.

Em média, o meia tem sido substituído perto dos 30 minutos da segunda etapa. Mesmo com menos tempo para mostrar futebol, lidera as estatísticas de gols, assistências e finalizações do Paraná na Série B. Uma ótima prévia do atleta de fôlego ampliado que o Tricolor deve ter à disposição em um mês.

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