Chiquinho de saída
Entre os jogadores que não devem ficar em 2015 por causa do salário alto está o lateral-direito Chiquinho. O clube já admitiu que está tentando emprestar ou negociar o atleta. Nesta quinta-feira, o jogador, via assessoria de imprensa, reclamou da situação, já que o clube solicitou que ele não se reapresentasse na pré-temporada."Entendo que a política econômica possa ser mudada, que o clube procure reestruturação para não passar mais por situações como a do ano passado, quando não pagou salários aos jogadores durante um bom tempo. Contudo, temos um contrato firmado, futebol é a minha profissão e o meu sustento. Eu aceito a quebra de contrato, desde que seja pago o que está estipulado", reivindicou.
O Paraná iniciou o ano com um problema antigo, que o comprometeu muito nas últimas temporadas: o atraso de salários. Mesmo com a reformulação do elenco e o corte de gastos dos últimos meses, o clube ainda não conseguiu quitar os salários de novembro, dezembro e o 13º dos jogadores e funcionários.
"Eu sempre vou falar para o torcedor a realidade. O Paraná não está com salários em dia, está com dificuldades. Pagou um mês na semana passada. Estamos tentando até o final do mês, na entrada de fevereiro, quitar o 2014", admitiu o diretor de futebol, Marcus Vinícius.
Para evitar que o problema continue na temporada, o clube tenta cortar pela metade a folha salarial. Assim, a permanência de alguns jogadores que possuem salários mais altos, como o atacante Giancarlo e o volante Ricardo Conceição, está descartada.
"Eu costumo dizer para os atletas, pessoal da comissão técnica e para os funcionários: infelizmente essa é a realidade do Paraná. Quem quiser vir para cá tem de saber dessa realidade. Tem de estar aqui com vontade de trabalhar, de vencer na sua área e esquecer esse problema. O que eu posso garantir é que eu vejo um esforço muito grande da direção em sanar esse problema", disse o diretor.
"Mas eu vejo boas perspectivas. O pessoal do marketing e a diretoria vem trabalhando muito. Eu sou o cara que mais torço para que isso se resolva o mais rápido possível porque administrar isso dentro do vestiário é muito complicado", acrescentou Marcus Vinícius.