A diretoria do Paraná considerou positivo o saldo do julgamento da disputa com a União pelo direito de posse do terreno da Vila Capanema, em audiência no Tribunal Regional Federal de Porto Alegre (TRF-4), na última quarta (15).
Segundo o presidente tricolor, Luiz Carlos Casagrande, o Casinha, o fato de o relator do caso, o desembargador Fernando Quadros da Silva, da 3.ª Turma do TRF-4, ter defendido uma compensação financeira ao clube em caso de reintegração de posse para a União é motivo de comemoração.
“Pela primeira vez em mais de 40 anos de disputa judicial o relator do processo falou que o Paraná tem direito a uma indenização caso tenha de desocupar a área da Vila Capanema.”
No julgamento, o Paraná tentava apelar de uma decisão favorável à União, proferida pela Justiça Federal em 2013. Apesar de defender a possível indenização, Quadros da Silva emitiu voto contrário à apelação paranista, argumentando que a União possui o registro de matrícula do terreno e, portanto, é a dona legítima do local.
PASSO A PASSO: Entenda a disputa jurídica da Vila Capanema
O julgamento, porém, acabou suspenso porque o desembargador Ricardo Teixeira do Valle Pereira, pediu vistas do processo para analisar as perícias dos autos.
Estádio de R$ 100 milhões
Na manhã desta quinta-feira (16), o prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), revelou à Gazeta do Povo os detalhes de uma possível composição entre clube e administração municipal sobre o destino do Durival Britto e Silva.
Segundo Fruet, o Paraná propôs a construção de uma arena para 40 mil pessoas ao custo de cerca de R$ 100 milhões. A nova casa paranista seria erguida onde é a Vila Olímpica, outra sede do clube, no Boqueirão.
“O Paraná fez essa proposta, com orçamento preliminar. Mas depende da União e do clube, não vou ficar numa discussão que não tem fim. Da nossa parte, apresentamos uma possível engenharia”, disse o prefeito, sobre a engenharia em que o a prefeitura ficaria com o terreno do estádio, onde construiria um complexo administrativo avaliado em R$ 400 milhões, erguido com parceria público-privada (PPP). Em troca, o Tricolor ganharia o estádio no Boqueirão.
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