O Conselho Deliberativo do Paraná definiu, na noite desta quinta-feira (29), que uma grande parte da sede social da Kennedy será vendida. Cerca de 150 conselheiros participaram da votação e 70% foram favoráveis à venda do patrimônio.
Dos cerca de 35 mil metros quadrados que abrangem o local, o clube permanecerá apenas com cerca de 10 mil metros quadrados, que correspondem ao ponto em que hoje está situado o salão social, arrendado em 2012 para uma empresa de eventos por um período de 20 anos. O restante será vendido em regime de urgência.
Antes da aprovação do Deliberativo, a venda de parte do patrimônio da sede social já havia sido aprovada pelo Conselho Consultivo, do qual fazem parte todos os ex-presidentes do clube, em encontro na última segunda-feira (26).
Segundo o presidente do Deliberativo, Rodrigo Vissotto, o novo estatuto do clube, aprovado em 2014, prevê que a venda patrimonial não necessita passar pela aprovação dos associados. O estatuto anterior previa que qualquer venda de propriedades do clube deveria necessariamente ser debatida em uma assembleia geral de sócios.
“Parte o coração dizer que vamos vender. Mas creio que o Paraná está entrando em uma nova fase. É um dia histórico”, afirma Vissotto.
“Vamos agora poder nos preocupar mais com os aspectos de gestão e eficiência. A situação atual com nossos credores é vexatória. Vamos quitar as dívidas, recuperar credibilidade e retomar a nossa grandeza institucional”, prossegue Vissotto.
A reunião do Deliberativo definiu ainda que uma comissão especial de conselheiros será formada para gerir o processo de administração dos recursos obtidos com a venda. A maior parte do dinheiro, senão sua totalidade, será utilizada para pagar os credores do clube.
Ainda segundo Vissotto, a diretoria ainda não apresentou nenhuma proposta oficial recebida pelo local. A venda da Kennedy foi uma das soluções apresentadas pelo candidato vencedor da eleição de setembro, Leonardo Oliveira, que assume em dezembro, para sanar a precária situação financeira do clube.