Tiago Silva, lateral-esquerdo estreante, pede para a torcida encher o estádio| Foto: Walter Alves/ Gazeta do Povo

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Elenco com 40 atletas é visto como vantagem pelo técnico tricolor

O Paraná tem 40 jogadores no elenco. Com tanta gente, até a briga por espaço no treino coletivo é acirrada. Em meio a essa intensa disputa, duas peças estreiam hoje com a camisa tricolor. É a chance de somar pontos com o técnico por um lugar no time. O lateral-esquerdo Tiago Silva joga no lugar do suspenso Paulinho e o atacante Kayke substitui Rubinho, de fora por causa de uma faringite. "Minha característica parece mais com a do Henrique, de gostar de atacar", falou Tiago Silva, disposto a aumentar a sombra sobre o dono da camisa 2.

O excesso de opções é visto pelo técnico como uma vantagem que ele pretende explorar ao máximo, principalmente depois de o número de suplentes no banco de reservas ter sido aumentado de 7 para 12. "Com mais atletas no banco, procuro também os especialistas. Geralmente premio quem está treinando bem, não só na véspera de jogo", explicou Cavalcanti, que, tirando os goleiros Wendell e Jociel, dos jogadores em condições clínicas, só não relacionou ainda os recém-promovidos Marcus Vinícius e Rodrigo Mann.

O zagueiro Alex Bruno, o goleiro Thiago Rodrigues e o lateral Henrique se recuperam de lesão. Esse último faz brilhar os olhos do técnico. "O Henrique daqui a pouco poderá ir para o choque. É um ‘afoito’. Eu gosto desse tipo de jogador."

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Kayke: primeira chance como titular
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A campanha do Paraná é a melhor dos últimos anos. Há três rodadas está no G4, consolidando-se como sério candidato ao acesso à elite. Porém os resultados ainda não respingaram nas arquibancadas. O Tricolor, que enfrenta o Boa nesta terça-feira (13), às 19h30, na Vila Capanema, tem uma modesta média de público.

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De cada lugar preenchido no estádio, em média, outros quatro ficam livres, fruto da ocupação de 21%, que dá uma média de 3.715 pagantes por jogo, apenas a nona da Série B e inferior aos 4.234 pagantes da média do campeonato, de certo modo turbinada pelos públicos de Série A do Sport (15.368) e do Palmeiras (13.836), líderes da estatística.

Além dos dois, Joinville, Cea­­rá, Figueirense, Paysandu, Chapecoense e Avaí superam o Paraná no número de pagantes. "Pela nossa posição no campeonato, poderia ser melhor. Mas prefiro agradecer a quem tem vindo. Quem não tem vindo poderia nos apoiar e também vir ao estádio", afirmou o vice-presidente paranista, Paulo César Silva.

O melhor público do Tri­­color na Série B foi em um sábado à tarde, quando goleou o Ceará por 3 a 0 e 5.908 pessoas pagaram ingresso. Desses, pouco mais de 3,2 mil eram sócios.

Nove clubes tiveram pelo menos um público maior do que o recorde paranista, inclusive o Palmeiras, que contra o time paranaense cravou o recorde com 29.012 pagantes, inalcançável para o porte da Vila Capanema. Foram, além do Porco, Sport, Joinville, Ceará, Figueirense, Paysandu, Chapecoense, Guaratinguetá e ASA.

"Estamos dando nosso melhor. Temos a possibilidade de vislumbrar o Paraná na Série A. Devolvemos este sonho ao torcedor. Precisamos de todas as forças, da direção, da torcida, do público em casa", disse o técnico Dado Cavalcanti. "Chamo o torcedor para nos apoiar. Um resultado positivo nos mantém no G4 sem depender de outros", completou o apelo o lateral-esquerdo Tiago Silva, um dos estreantes da noite.

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Para tentar turbinar a média e aumentar a arrecadação pela quantidade, o Tricolor voltou atrás no aumento do ingresso de arquibancada no dia do jogo para R$ 80. O valor voltou para R$ 60, com promoção de antecipado a R$ 50.

Os objetivos são ambiciosos: chegar a mais de 7 mil pessoas. "Você tem de fazer experiência e ver se dá certo. Não deu, tivemos humilda­­de para assumir o erro [de aumentar o preço] e reduzimos. Mas se vier o mesmo público de sempre, acabaremos tendo renda menor", concluiu Paulo César Silva.