Se o Paraná de Fernando Diniz devia uma desculpa à torcida paranista, a vitória por 2 a 0 sobre o Náutico, na noite desta terça-feira (28), na Vila Capanema, começou a quitar esse débito. E de forma convincente.
Na estreia do comandante, contra o Vitória, o torcedor compareceu em peso à Vila, mas saiu com a decepção da derrota por 1 a 0. Três rodadas depois, após quatro pontos obtidos fora de casa contra ABC-RN e Macaé, a torcida voltou a comparecer em bom número – foram 7.990 pagantes. E, em sua segunda chance de convencer, o time não decepcionou.
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A receita da vitória sobre o Timbu contou com todos os ingredientes pregados por Diniz durante os treinos: posse de bola, intensidade e prazer em jogar futebol. Nos primeiros 30 minutos de duelo, o Tricolor foi intenso. Chegou a deter 70% da posse e alcançou os dois gols. Rafael Costa abriu o placar aos 4/1.º. E Fernando Viana, aos 19/1.º, ampliou.
O resultado não apenas representou a redenção do elenco diante da torcida, como também impulsionou a confiança do grupo paranista. “Vamos subir na tabela. Queremos chegar nesse G4 o quanto antes”, prometeu Viana, após o apito final.
“O Paraná agora é outro time. Tem um sistema de jogo bom, com posse de bola, o que nos deixa descansar também enquanto trocamos passes”, avaliou o atacante Henrique.
Outro a elogiar a nova postura foi o goleiro Marcos. Além de salvar debaixo das traves quando exigido, o arqueiro jogou bem com a bola nos pés e demonstrou que o recém-contratado Felipe Alves terá de brigar muito por uma vaga na meta.
“A gente tem alegria para jogar, para ter a bola nos pés e nos movimentar constantemente, com liberdade. E, sem a bola, todos marcam incessantemente”, avaliou Marcão, que saiu de campo com o nome gritado pelas arquibancadas. Foi o 299.º jogo do ídolo com a camisa tricolor.
Após a partida, Diniz agradeceu aos torcedores, exaltou a química do time em campo e prometeu que o Paraná ainda tem muito a melhorar. “Não deu certo contra o Vitória, mas hoje [terça-feira] o torcedor veio novamente e esperamos uma ajuda ainda maior no próximo jogo”, elogiou.
“Não foram os dois gols que resolveram. Foi o jogo inteiro. Fomos agressivos, soubemos jogar e controlar. Os jogadores aderiram ao meu trabalho. Mas erramos bastante também, o que é bom. Demonstra que podemos melhorar. O jogador não pode depender apenas de inspiração, é nossa função ajudá-los a criar alternativas. E vamos fazer isso”, complementou.
Em busca do salto na tabela, o Paraná tem a chance de engatar o quarto jogo sem perder diante do CRB, no Durival Britto, no próximo sábado (1.º), às 16h30.
Chave do jogo
A intensidade apresentada pelo Paraná nos trinta minutos iniciais foi o suficiente para bater o Náutico. Com quase 70% de posse de bola, aos 20 minutos o tricolor já vencia por 2 a 0. Depois, em momento algum o time perdeu o padrão de jogo, tanto que esteve muito próximo de ampliar o marcador em diversas oportunidades.
Craque
Desde que chegou ao Paraná, o meia estava devendo uma atuação como a desta noite. Com a camisa 7 nas costas, Rafael Costa distribuiu bem o jogo e ainda surgiu como forte opção ofensiva. Fez o gol que abriu o placar e esteve perto de marcar novamente.
Bonde
O lateral-direito do Náutico não surgiu no ataque e ainda sofreu para evitar as investidas tricolores. Foi substituído ainda no intervalo pelo técnico Lisca.
Guerreiro
Quando o Paraná precisou, o experiente arqueiro demonstrou segurança e salvou. Além disso, demonstrou evolução no jogo com os pés, algo pregado pelo técnico Fernando Diniz. Com a sombra do recém-contratado Felipe Alves, Marcão ganhou pontos e teve o nome gritado pela torcida.
Gols
1 x 0 – 4 min.: Após pressão do Tricolor, a bola sobra na entrada da área para Rafael Costa encher o pé esquerdo e abrir o placar.
2 x 0 – 19 min.: O volante Jean faz bela jogada, divide com o zagueiro dentro da área e a bola sobra para Fernando Viana, que manda para as redes e amplia a vantagem.
Cartões
Paraná: Rafael Costa.
Náutico: Douglas e Bruno Alves.
Próximos jogos
CRB (casa), América-MG (fora) e Bragantino (fora).
Macaé (casa), CRB (fora) e Bahia (fora).
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