Edson Neguinho foi despedido do cargo de gerente de futebol do Paraná no início da noite dessa terça-feira (30).
A terceira passagem de Neguinho pelo clube durou apenas três meses. Contratado no dia 30 de março de 2015, o profissional foi indicado ao clube por Durval Lara Ribeiro, o Vavá, atual mandachuva do futebol paranista. Neguinho participou ativamente da montagem do atual elenco do Tricolor para a Série B.
Para seu lugar, o Paraná deve anunciar a promoção de Mathias Lamers, que até então vinha trabalhando como supervisor da base, no CT Ninho da Gralha. O agora ex-gerente disse ter sido pego de surpresa, alega que acumulou diversas funções no período em que esteve no clube e criticou Vavá.
“Até agora não sei o motivo da demissão. Trabalhei hoje [terça-feira] normalmente e depois recebi essa notícia. Fico triste, magoado e chateado, porque é um clube que tenho carinho enorme, onde fui jogador e treinador. O Vavá é o dono da verdade. É ele quem contrata, quem manda embora, e sem explicações”, diz Neguinho, que desde que foi contratado vinha morando nos alojamentos do CT Racco.
“Estava trabalhando demais. Era gerente de futebol, supervisor, fui auxiliar-técnico do Nedo Xavier em alguns jogos. Nos jogos fora de casa, além de tudo isso, era também assessor de imprensa, porque o assessor não viaja e eu tinha de fazer isso. Dormia no CT, acordava cedo, morava lá. Muitos jogadores me ligaram sem entender o que aconteceu”, prossegue.
Antes de retornar ao Tricolor neste ano, Neguinho havia defendido a camisa tricolor como jogador, nos anos 1990, e comandado a equipe no Torneio da Morte do Paranaense de 2004.
Em 2015, Neguinho foi o técnico do Rio Branco durante parte do Estadual. No Leão da Estradinha, havia chegado para ser o gerente de futebol do clube e acabou assumindo a função de treinador nas rodadas finais, com o objetivo de livrar a equipe do Torneio da Morte. Não obteve êxito. O time não foi rebaixado, mas já sob o comando de Alan All.