Depois de definir há cerca de três meses a venda de parte da sede da Kennedy, o Paraná convocou uma reunião do seu Conselho Deliberativo para a próxima segunda-feira (25) para discutir a alienação de mais uma parte de seu patrimônio.
No encontro, duas dívidas devem estar nos holofotes: uma com o empresário Léo Rabello, e uma com Renê Bernardi, da BASE, empresa que gerenciava o Ninho até o rompimento do contrato por parte do Tricolor.
A pendência com Léo Rabello, que já se arrasta desde 2007, originada de irregularidades na transferência do meia Tiago Neves, está prestes a ser liquidada. Dos cerca de R$ 36 milhões que o carioca cobra na Justiça, o Tricolor pode encerrar o débito e a ação pagando aproximadamente R$ 4 milhões.
O acerto foi costurado em reunião com Rabello e seus representantes no Rio. Pelo Paraná estiveram presentes Leonardo Oliveira, presidente do clube, José Carlos de Miranda, ex-presidente paranista entre 2004 e 2007, além de representantes do jurídico tricolor. Especula-se que parte do montante seria pago pelo empresário Carlos Werner, mas ele não foi encontrado para comentar o assunto.
O fim da dívida traz alento ao Tricolor também pelo fato de encerrar a ameaça de ter suas verbas de tevê bloqueadas pela Justiça.
Os dirigentes do Paraná contatados pela reportagem tampouco falam sobre o teor encontro. Na pauta da reunião emergencial, publicada em seu site, o clube diz apenas que será feita a “comunicação das propostas de composição de dívidas com a alienação de patrimônio do clube e da deliberação tomada pelo Conselho Consultivo na reunião do dia 18 de janeiro”.
A alienação de patrimônio aponta para o Centro de Treinamento Ninho da Gralha, em Quatro Barras, por causa da dívida com Renê Bernardi. O empresário, contudo, nega ter chegado a uma solução com o Tricolor. “Tive uma conversa com o Paraná há algum tempo. Mas não acertamos nada sobre um possível pagamento da dívida”, diz.