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Renovação com Luís Carlos segue emperrada
A diretoria do Paraná corre para renovar com o goleiro Luís Carlos. O Tricolor tem encontrado dificuldades na conversa com o camisa 1, destaque do time nas 30 partidas da Série B.
O vínculo do curitibano termina ao final da temporada. De acordo com a legislação, seis meses antes do vencimento o atleta já pode assinar um pré-contrato com outro clube. Caso não seja reformado o acerto, Luís Carlos pode deixar o clube sem gerar receita. "Estamos negociando desde maio e procurando um denominador comum", diz Alex Brasil, gerente de futebol do Paraná.
O Paraná conta os dias para recuperar um parceiro importante para as finanças do clube. No dia 4 de novembro, o novo salão social da sede da Av. Kennedy será reinaugurado, em parceria com o grupo Espaço Torres, que arrendou o local por 20 anos.
A reformulação da área de mais de quatro mil metros quadrados consumiu cerca de R$ 5 milhões e alterou toda a estrutura localizada na Vila Guaíra. Piso, forro, telhado, palco, banheiro e cozinha receberam novas instalações. Foram criadas ainda cinco salas corporativas.
O salão principal também cresceu e poderá abrigar até quatro mil pessoas. E uma antiga reclamação dos frequentadores foi atendida com a inclusão de ar-condicionado central e sistema de climatização.
"Mexemos em praticamente tudo, está bem diferente. Ficou muito bom. Já estamos com bastante procura e quase 30 datas fechadas para este ano e o que vem", comenta Ademar Batista Pereira, proprietário do Espaço Torres.
"É grande a expectativa para reabrir o local. Representa um reforço importante de caixa e para a vida social do clube, sem dúvida alguma", afirma Luiz Carlos Casagrande, o Casinha, vice-presidente paranista.
Já há alguns anos, o Tricolor convive com dificuldades financeiras, herança de uma série de administrações problemáticas. Atrasos de salários se tornaram constante entre funcionários e departamento de futebol. Em abril deste ano, foi preciso leiloar a sede do bairro Tarumã, arrematada por R$ 30 milhões, boa parte deste montante consumido no pagamento de dívidas.
No contrato o Espaço Torres cedeu 12 datas por ano para o Paraná organizar os seus próprios eventos. A empresa paga ainda um valor anual ao clube. Não há confirmação, mas gira em torno de R$ 500 mil R$ 10 milhões pelo período.
Além da entrada deste montante, com a terceirização os paranistas deixaram de arcar com a manutenção do local. O salão não era reformado desde a inauguração, em 1984, e representava cerca de R$ 200 mil anuais em despesas.
Para celebrar a largada do empreendimento, os parceiros fecharam um patrocínio master na camisa do Paraná para o jogo com o Atlético-GO, terça-feira, às 21 horas, na Vila Capanema. O valor, entretanto, não foi revelado, mas segue o modelo dos acertos pontuais anteriores.