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O time de Ricardinho tem 74% de aproveitamento como mandante nesta Segundona | Antonio More/ Gazeta do Povo
O time de Ricardinho tem 74% de aproveitamento como mandante nesta Segundona| Foto: Antonio More/ Gazeta do Povo

Segurança

Polícia aumenta efetivo para evitar problemas no clássico de sábado

Maria Luiza Iubel, especial para a Gazeta do Povo

O encontro para definir o esquema de segurança do clássico entre Paraná e Atlético, ontem, no Quartel do Comando Geral da Policia Militar, deu o tom do clima hostil que cerca a partida que fechará o primeiro turno da Série B – o jogo será às 16 horas de sábado na Vila Capanema. Integrantes das torcidas organizadas dos dois lados evitaram se cumprimentar durante a reunião, que contou também com a presença de representantes dos clubes, da Federação Paranaense de Futebol (FPF) e da Guarda Municipal.

A rivalidade cresceu depois que o estudante Diego Henrique Raab Goncieiro, 16 anos, torcedor tricolor, foi morto com um tiro na cabeça em frente à sede da Fúria Independente, facção paranista. De acordo com a polícia, o principal suspeito do crime seria um membro da Os Fanáticos, uniformizada atleticana. Para tentar evitar problemas, 600 policiais militares foram escalados para trabalhar na operação, além de 80 homens da Guarda Municipal. Haverá bloqueio em ruas próximas ao estádio (ver infográfico nesta página), além de blitz em pontos como a Praça Eufrásio Correia, a Rodoferroviária de Curitiba e o Teatro Paiol.

Embora dono de um rendimento respeitável como anfitrião nesta Série B (74%), o Paraná precisará acabar com um jejum incômodo em clássico contra o Atlético se quiser manter esse bom desempenho. Isso porque, em seus domínios, o Tricolor não vence o Furacão desde 2006 – quando superou o rival por 2 a 1, no Pinheirão, pelo Brasileiro.

A história do confronto também é desfavorável ao Paraná. As duas equipes já se enfrentaram 32 vezes sob mando paranista (entre competições oficiais e amistosos), com 41,6% de aproveitamento do Tricolor (10 vitórias, 10 empates e 12 derrotas). Na Vila Capanema, palco do duelo do final de semana, a escrita atleticana é ainda mais antiga. Pode-se dizer, inclusive, que os tricolores nunca puderam comemorar, de fato, uma vitória contra os rubro-negros no Durival Britto e Silva, já que o único triunfo foi o 4 a 1 na segunda partida da final do Supercampeonato Paranaense de 2002. Apesar da goleada do Paraná, o Atlético levou o troféu, pois tinha vencido o primeiro jogo por 6 a 1 – ao todo, foram 11 partidas na Vila, com oito vitórias do Atlético, essa única do Paraná e dois empates.

"Historicamente o retrospecto tem essa margem de tempo, mas isso não tem a importância do jogo em si. Temos de vencer para empatar na pontuação e brigar no segundo turno", avalia Lúcio Flávio, capitão paranista. O time de Ricardinho ocupa, atualmente, a 11.ª colocação da tabela, com 26 pontos, sete atrás da zona de acesso à Série A e três do Atlético, adversário direto na briga.

No sábado, o meia espera fazer valer seu histórico jogando contra o Furacão para ajudar a reverter a maré negativa que tem rondado a Vila Capanema nas temporadas recentes. "Tenho boas recordações dos últimos confrontos, principalmente pelo Botafogo. Mas clássico é definido nos detalhes, às vezes você se prepara a semana toda, mas uma situação muda tudo. O importante é estar bem focado", observa.

Para o lateral-esquerdo Fer­­­­nandinho, que vem atuando no meio de campo, importante mesmo é o presente. "Futebol se decide dentro de campo, independentemente dos últimos resultados. O Atlético está numa crescente no campeonato, mas sabemos da nossa qualidade e da nossa força dentro de casa", pondera. "No clássico toda retrospectiva não adianta, é um jogo completamente diferente, jogadores diferentes, esquemas táticos diferentes, outra história", pontua.

Questionado se, ao menos pelo lado motivacional, o jejum seria um ingrediente a mais, Fernandinho, sincero, responde com bom humor: "A motivação tem de ter todos os dias, não precisa de psicólogo, essa lorota toda. Isso é absurdo. Agora é outro jogo e queremos vencer para fazer essa história".

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