Após 44 anos de briga judicial, o Paraná tenta costurar um acordo com a União para garantir a posse definitiva da Vila Capanema. Em troca da permanência no Durival Britto, o Tricolor oferece nas negociações com o governo federal parte de outra propriedade de posse do clube, ainda não revelada.
“A gente está negociando essa permuta”, admite o vereador paranista Tiago Gevert (PSC), um dos líderes nas conversas do lado tricolor e que fez parte do grupo Paranistas do Bem, que assumiu o clube em março de 2015, após a renúncia de Rubens Bohlen.
Apesar do discurso de Gevert, o presidente do Paraná, Leonardo Oliveira, afirma desconhecer as negociações.
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Em julho do ano passado, o Paraná teve um revés na batalha que trava com a União pelo terreno da Vila. O relator do caso, o desembargador Fernando Quadros da Silva, da 3.ª Turma do TRF-4, adiantou voto contrário ao da apelação paranista. O Tricolor tentava recorrer de uma decisão favorável conquistada pelo União, proferida pela Justiça Federal em 2013, que garante a posse da área do estádio ao governo federal e determina a desocupação da área por parte do clube.
Por outro lado, Quadros da Silva reconheceu que, em caso de reintegração de posse para a União, o Paraná teria direito a indenizações pelas benfeitorias realizadas no imóvel, desde os tempos em que o Ferroviário e, em seguida, o Colorado e o próprio Tricolor, utilizaram a praça esportiva.
O julgamento, porém, acabou suspenso porque outro participante, o desembargador Ricardo Teixeira do Valle Pereira, pediu vistas do processo para analisar as perícias que constam nos autos.
Mesmo assim, a chance de indenização foi comemorada pelo então presidente Luiz Carlos Casagrande, o Casinha.
O cenário, no entanto, segundo Gevert, foi modificado.“O Paraná não vai sair da Vila Capanema, vamos lutar até o final. A União teria de nos ressarcir pelas benfeitorias e por ser um patrimônio histórico, por isso oferecemos essa possibilidade de acordo”, reforça o vereador.
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