A saída de Rubens Bohlen e a ascensão de Luiz Carlos Casagrande, o Casinha, à presidência do Paraná, no último mês, ainda não foram capazes de reverter a contínua leva de pendências trabalhistas que o clube vem acumulando na Justiça nos últimos anos.
Agora, é a vez do volante Edson Sitta, que defendeu o Tricolor nos últimos dois anos e atualmente está no Santa Cruz, percorrer a trilha judicial a fim de receber o que o clube lhe deve.
O atual presidente, Casinha, diz que o Tricolor deve fazer uma nova proposta, ainda nesta quarta-feira (15), para renegociar as dívidas que tem com Sitta e assim evitar a via judicial. O novo acordo, porém, tem poucas chances de prosperar.
Isto porque em negociação anterior entre Tricolor e Sitta, em dezembro de 2014, o jogador já abriu mão de metade do total a que teria direito receber. “Quase todas as economias que o Edson conseguiu fazer em 16 anos de carreira como profissional foram gastas em dois anos de Paraná. Isto não é justo com o profissional, que tem carreira curta”, desabafa Danna Sitta, esposa do jogador.
“Tentamos de todas as formas evitar a saída judicial, mas sempre esbarramos na falta de respostas do clube. A mudança de diretoria não mudou isto. Já abrimos mão de 50% do que o Edson teria direito e aceitamos o parcelamento em doze vezes. Agora, só aceitaremos renegociar se o clube oferecer o pagamento à vista”, prossegue Danna, que chegou a fazer longo desabafo em uma rede social de torcedores paranistas, explicando o porquê da entrada na Justiça.
Em 2014, Sitta ficou sete meses sem receber do Paraná. Além disso, como tinha contrato até dezembro de 2015 e foi dispensado antes do fim do vínculo, teria direito aos vencimentos referentes a este ano também. Segundo Danna, do acordo efetuado em dezembro de 2014, apenas parte da parcela de janeiro foi depositada em 2015.
Problema antigo
Ações trabalhistas têm sangrado os cofres do Paraná há muitos anos. Além de Sitta, o atacante Giancarlo, atualmente no Botafogo-SP e que defendeu o Tricolor em 2014, já entrou com ação contra o clube. Isto apenas para citar casos de jogadores relevantes do elenco do ano passado.
Mais recentemente, nesta semana, foi a vez do lateral esquerdo Bruninho, que defendeu o time no Estadual deste ano, seguir o mesmo caminho.Já em agosto do ano passado, o clube viu parte do patrocínio que recebia da Caixa Econômica Federal penhorado pela Justiça por causa de uma ação trabalhista envolvendo o meia Hadson, que em 2003 jogou apenas uma partida pelo Tricolor e acabou dispensado antes do término de seu contrato.
Por causa da penhora, o Paraná acabou recebendo apenas R$1,1 milhão dos R$ 2 milhões a que teria direito no acordo com o banco federal.
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