O Paraná rebateu os ataques que a Federação Paranaense de Futebol fez contra o técnico Claudinei Oliveira e, também por meio de uma longa nota oficial, o clube saiu em defesa do treinador com duras críticas à FPF.
O Tricolor lamentou a “forma odiosa” como a federação se manifestou em relação a Claudinei. “Só demonstra a forma amadora como muitos pontos são tratados pela entidade”, disparou no texto assinado pelo presidente Leonardo Oliveira. “A FPF pinta um cenário lúdico, onde o Campeonato Paranaense é maravilhoso e não apresenta falhas”, emendou.
Sobre o horário do jogo contra o Foz, que motivou as críticas de Claudinei, o Paraná alega que o diretor técnico da Federação, Marcius Koehler, havia garantido ao clube na última sexta-feira (1º) que a partida de volta das quartas de final seria disputado às 16h, sem possibilidade de mudança. Isso não se concretizou.
O clube, que não realizou jogos em casa às 16h neste ano, ainda relata que procurou acertar uma mudança nos bastidores, mas a última resposta que recebeu do presidente Hélio Cury foi de que ele “talvez não tivesse tempo para tratar do assunto, pois estaria ocupado respondendo, via carta, às críticas do técnico Claudinei Oliveira”.
O Paraná também relembrou os erros de arbitragem cometidos contra o clube durante a primeira fase do Estadual e defendeu a liberdade de expressão dos clubes. “O que o Paraná Clube sempre buscará é a igualdade de tratamento entre os filiados da FPF, assim como o respeito aos seus direitos”.
Leia na íntegra a nota publicada pelo Paraná Clube
O Paraná Clube lamenta profundamente a atitude da Federação Paranaense de Futebol - FPF, que de forma odiosa, se insurgiu contra o nosso técnico Claudinei Oliveira. Neste momento, em que nos preparamos para representar o Estado em mais uma edição da Copa do Brasil, somos obrigados e voltar as atenções para esta questão absolutamente desnecessária e que só demonstra a forma amadora como muitos pontos são tratados pela entidade que rege o futebol paranaense.
A FPF rebateu críticas feitas pelo nosso treinador com uma nota de repúdio repleta de inverdades. Chega a incitar uma infundada rivalidade entre Paraná Clube e Londrina, imputando a Claudinei Oliveira citações que nunca foram por ele proferidas. Após o jogo em Londrina, onde o Paraná Clube se viu refém de uma série de problemas extra-campo, o diretor de futebol Durval Lara Ribeiro declarou que as “atitudes eram de um clube de província”. Para contextualizar, relembramos alguns fatos corridos na noite de 24 de fevereiro.
1 - O gramado do VGD foi cortado de forma esdrúxula, com o claro objetivo de prejudicar o toque de bola do Paraná Clube na faixa central do campo.
2 - A delegação teve que desembarcar a poucos metros da torcida do Londrina, sendo que o local não foi isolado, diferente do que ocorre em outras praças e, em especial na Vila Capanema, onde primamos pela segurança.
3 - A péssima iluminação do estádio não estava na sua plenitude e mesmo com as constantes quedas, o jogo não foi paralisado pela arbitragem.
4 - Para acompanhar o jogo, nossos dirigentes e integrantes da comissão técnica tiveram que passar em meio à torcida do Londrina devido à ausência de um local apropriado no VGD.
Na declaração do nosso dirigente, em momento algum o objetivo foi ofender a instituição Londrina Esporte Clube ou a população daquela região. Apenas se cobrou maior seriedade na forma como o futebol profissional do Paraná deve ser conduzido, evidenciando o caráter construtivo, até mesmo de aperfeiçoamento e melhora do campeonato, declarações estas a que todas as instituições, em qualquer nível, público ou privado, não estão imunes.
A FPF, em sua nota, pinta um cenário lúdico, onde o Campeonato Paranaense é maravilhoso e não apresenta falhas. O Paraná, pelos caminhos legais – e com a devida discrição – procurou tratar desses assuntos nos bastidores, no intuito de preservar a imagem da competição. Quando reclamou das arbitragens, preferiu primeiro o caminho direto com a federação e com a Comissão de Arbitragem, no sentido de alertar para as falhas – e que não foram poucas – ao longo da fase classificatória do Paranaense. Sob essa diretriz, o clube moveu ação contra o árbitro Adriano Milczvski, que dirigira Paraná 1x0 Atlético, pagando uma taxa de R$ 500,00 ao TJD-PR.
Os constantes “equívocos” dos apitadores fizeram Claudinei Oliveira desabafar, após o jogo em Foz (empate por 3x3), contra a arbitragem. No jogo em questão, o Paraná teve jogador expulso injustamente, pênalti assinalado erroneamente e gol ilegal (impedimento) confirmado pelo trio. Foram, por assim dizer, a gota d´água após uma sucessão de “erros” contra o Tricolor. Da expulsão de Zé Roberto – contra o Atlético – à avalanche de deslizes em Foz do Iguaçu, o Paraná ainda foi duramente prejudicado no clássico contra o Coritiba, onde um pênalti inexistente foi marcado pelo assistente Bruno Boschilia.
No último domingo, ainda no calor da partida – onde o Paraná venceu o Foz por 3x0 – o técnico Claudinei Oliveira mostrou seu inconformismo com a marcação do jogo de volta diante da equipe do Oeste do Estado para o próximo domingo, às 11h. Cobrava a necessidade de que se buscasse dar um “conforto” maior ao time líder da competição. O inconformismo se justificava pelo fato de que a FPF, através de seu diretor técnico Marcius Koehler, havia posicionado o departamento de futebol do Paraná na sexta-feira anterior à rodada, que o jogo do dia 10 de abril seria disputado às 16h, sem possibilidade de mudança. Vale ressaltar que desde o inicio do campeonato o Paraná Clube não jogou nenhuma vez nesse horário.
Tentando preservar a qualidade técnica do Campeonato Paranaense, a diretoria do Paraná procurou até o último instante, a busca por um melhor horário para a partida. Comprovadamente, o jogo às 11h não é o ideal para a condição atlética dos jogadores. Na última tentativa, a diretoria do Paraná recebeu do presidente da FPF, Hélio Cury, a resposta de que “talvez não tivesse tempo para tratar do assunto, pois estaria ocupado respondendo, via carta, às críticas do técnico Claudinei Oliveira”.
O Paraná lamenta a forma como a FPF se posicionou. Na nota, inclusive, cita que o Tricolor lidera “temporariamente a competição”. O time de Claudinei Oliveira teve o melhor aproveitamento da primeira fase e só não ocupou a liderança do Paranaense por duas rodadas. Mantemos nossa postura de isenção e de luta pela credibilidade do futebol paranaense, acreditando na isenção das pessoas e na seriedade da Federação Paranaense de Futebol, como instituição. O que o Paraná Clube sempre buscará é a igualdade de tratamento entre os filiados da FPF, assim como o respeito aos seus direitos.
Ademais, o Paraná Clube manifesta o seu apoio ao treinador Claudinei Oliveira, posto que ao externar seu inconformismo com o modo como o clube vem sendo tratado, nada mais fez do que expor algo já sabido por todos e amplamente discutido pela imprensa em outras oportunidades, ou seja, sequer o assunto é novo para ser alvo de tamanha ira.
O Paraná repudia as colocações da FPF, reiterando seu compromisso com a verdade e acima de tudo com a liberdade de expressão, esta sim alçada à garantia constitucional no Estado Democrático de Direito em que vivemos.
Justamente no momento atual que vive a sociedade brasileira, onde se busca exatamente dar guarida à garantia de liberdade, não se pode cogitar em absoluto que a liberdade de expressão seja tolhida em qualquer de suas vertentes.
Deste modo, o Paraná Clube sempre fará valer seus direitos, assim como buscará a reparação de quaisquer danos materiais ou morais que porventura venha a sofrer.
Leonardo Oliveira
Presidente
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