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Hoje no comando do Paysandu, Dado quer evitar frustração sofrida com o Paraná em 2013. | Celso Pupo/Fotoarena/Folhapress
Hoje no comando do Paysandu, Dado quer evitar frustração sofrida com o Paraná em 2013.| Foto: Celso Pupo/Fotoarena/Folhapress

Técnico do Paysandu, adversário do Paraná nesta sexta-feira (11), às 20h30, na Vila Capanema, Dado Cavalcanti foi o responsável pela campanha mais empolgante do clube nos últimos oito anos de Série B. Em 2013, o time brigou pelo acesso até a antepenúltima rodada, mas não teve força suficiente para chegar ao objetivo. Terminou a competição em oitavo lugar, a apenas quatro pontos do retorno à elite do futebol nacional.

Foram 20 rodadas no G4, fato que tornou a trajetória também a mais frustrante de toda a via-crúcis paranista na Segunda Divisão.

“Faltou aquela arrancada no momento do desfecho. Estávamos no pelotão da maratona e, no fim das contas, chega quem dá o sprint. Não tivemos fôlego”, lembrou Dado, por telefone, à Gazeta do Pov o.

O treinador conta que recorda com saudosismo e carinho a temporada que viveu na Vila Capanema. Contratado em maio, o pernambucano chegou ao Tricolor com olhares de desconfiança, principalmente por sua juventude. Na época com 31 anos, ele havia acabado de levar o Mogi Mirim à semifinal do Paulista.

O plantel que mesclava jovens e veteranos era um dos pilares do trabalho. Ao mesmo tempo em que apostava em nomes como o atacante Kayke, o lateral Roniery e o goleiro Luís Carlos, a equipe também tinha a experiência do meia Lúcio Flávio, do atacante Reinaldo e do zagueiro Anderson.

Exatamente o mesmo conceito que Dado optou por reproduzir quando desembarcou em Belém, em fevereiro deste ano. Após 24 rodadas, o Papão é vice-líder da Segundona, com 43 pontos, dois atrás do Botafogo.

“O critério na hora das indicações, em termo de perfil, também foi parecido. Na ambição, na sede, os elencos se assemelham”, diz o comandante bicolor. “O trabalho atual é muito parecido com 2013. O ambiente de trabalho é muito satisfatório”, confirma o supervisor de futebol Fernando Leite, ex-Paraná e desde junho no clube paraense.

A principal diferença está nas finanças. Enquanto o Paraná vivia imerso em uma crise, com salários atrasados e até o leilão da sede do Tarumã para amenizar a situação, no Paysandu os vencimentos estão em dia.

Quase dois anos depois de deixar o Tricolor, Dado não vai reencontrar nenhum jogador de sua época – os goleiros Marcos e Wendell estavam no elenco, mas eram reservas. E pela primeira vez irá enfrentar o técnico Fernando Diniz.

“Temos conceitos bem definidos e os empregamos nas equipes. Mas são conceitos diferentes. O time dele é muito bem organizado, mantém muito bem a posse de bola, não faz ligação direta”, elogia Dado, que depois do Tricolor comandou ainda Coritiba, Ponte Preta, Náutico e Ceará.

“Admiro o trabalho dele. É um jovem treinador que tem feitos grandes trabalhos já faz algum tempo. A gente sabe que vai enfrentar um time muito competitivo. É uma grande decisão para nós”, espera Fernando Diniz, que se esforça para traçar no tricolor o caminho inverso ao daquele Paraná de 2013, com uma arrancada na reta final do campeonato

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