Paraná tenta recuperar a Vila Olímpica.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

O departamento jurídico do Paraná protocolou, na tarde de segunda-feira (15), um pedido de embargo ao leilão da Vila Olímpica do Boqueirão. O clube tinha até esta terça-feira (16) para entrar com o recurso.

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O vice-presidente jurídico do Tricolor, Luiz Berleze, confirmou o pedido para tentar cancelar o arremate do estádio, mas não quis detalhar a estratégia de sustentação da defesa paranista. O presidente do clube, Luiz Carlos Casagrande, o Casinha, evitou comentar o assunto.

A tendência, porém, é de que o Paraná insista na tese da inalienabilidade do imóvel, ou seja, de que o local não pode ser vendido. O argumento foi utilizado pelo presidente da Câmara Municipal de Curitiba, Aílton Araújo (PSC), na última quarta-feira (10), véspera do arremate, mas o ofício não foi aceito pela Justiça.

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Desta forma, a Vila Olímpica foi arrematada no dia seguinte por R$ 11,65 milhões pela empresa do ramo de construção civil Seagull Incorporações e Participações, que já efetuou depósito no valor de R$ 2,3 milhões, correspondente a 20% do valor total de compra.

O leilão foi executado para pagar uma dívida total de R$ 1,6 milhão com nove ex-funcionários, entre eles o zagueiro Cris (R$ 200 mil), que jogou no Paraná em 2011, o volante Goiano (R$ 91 mil), que atuou no Tricolor entre 1997 e 2009 e o técnico Ricardo Pinto (R$450 mil), que comandou o time em 2011 e cuja ação foi a responsável direta pela execução da venda pública.

Após o leilão, o juiz Mauro César Soares Pacheco, da 19ª Vara Trabalhista, julgou a arrematação “perfeita, acabada e irretratável”, mas deixou claro que a possibilidade de recurso por parte do Paraná existia, justamente por causa da tese da inalienabilidade do terreno.